Todos os dias é o dia das Mães – Por Ruzel Costa

Da Redação

09 de Maio de 2010 às 17:22

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Todos os dias é o dia das Mães – Por Ruzel Costa

Foto: Divulgação

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Como vivemos em uma sociedade capitalista e de certa forma em um círculo vicioso, com as datas comemorativas, o segundo domingo de maio, foi consagrado para “homenagear” as (muitas vezes esquecidas?) mães. A mídia anuncia promoções, sugestões de presentes: eletrodomésticos, eletrônicos, celulares, jóias, roupas, calçados e até automóveis. Mostra também filhos jovens e alegres presenteando suas belas e jovens genitoras.

As mães querem presentes sim, mas também querem simplesmente o carinho, a lembrança, a gratidão, o respeito e o amor dos filhos e que não sejam lembradas apenas nesse dia.

Acredita-se que na Grécia Antiga, podemos encontrar os primeiros indícios da comemoração. Os gregos definiram o início da Primavera no hemisfério norte para ho-menagear a Deusa Reia, considerada a mãe de todos os seres, onde ofereciam presentes e prestavam referências a Deusa.

Em Roma as comemorações eram dedicadas a Cibele, a mãe dos Deuses Romanos, comemorava-se na segunda metade de março, por volta do ano 250 a.C.

Na Inglaterra no decorrer do século XVII, celebrava o 4º Domingo de Quaresma, um dia denominado “Domingo da Mãe” homenageando as mães inglesas. Era um dia dedicado as visita dos filhos que trabalhavam longe de suas famílias.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1870 pela estadunidense Julia Ward Howe (1819-1910) absolu- tista, ativista social, escritora, poetisa e por algumas pessoas, que se uniram contra a crueldade da Guerra Civil que dividiu o país, ela pediu uma data para homenagear as mães através da busca da paz, contra a guerra e a crueldade.

Mas, oficialmente o Dia da Mãe foi idealizado pela norte-americana Anna Jarvis, (1864-1948) e algumas amigas que começaram um movimento para instituir um dia em que as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães, com o objetivo de fortale- cer os laços familiares e o respeito pelos pais. Anna prestava também homenagem a sua mãe Ann Marie Jarvis falecida em maio de 1905.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. Em 10 de maio de 1908, conseguiu que fosse celebrada uma missa em homenagem às mães na Igreja do estado de Virgínia Ocidental.

A primeira celebração oficial do dia das mães aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando foi incorporado o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Mas rapidamente outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

No Brasil o primeiro "Dia das Mães" foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918.

Mas apenas em 1932, pelo Decreto lei n° 21 366 de 05 de maio, o Presidente Getúlio Vargas oficializou o segundo domingo de maio consagrado as mães. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também do calendário oficial da Igreja Católica.

PROFESSOR RUZEL COSTA leciona no Colégio Objetivo, Faro e Escola Enio Pinheiro

Direito ao esquecimento

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