Painel Político – (Tribunal de Contas inchado com comissionados não chama aprovados em concurso) - Alan Alex

Muita gente

O Tribunal de Contas do Estado está inchado. Para se ter uma ideia, o TCE conta atualmente com 290 servidores efetivos, incluindo nesse número os conselheiros (07), e 122 servidores comissionados (até dezembro de 2009), o que dá uma diferença de 168, se tirarmos os conselheiros, essa diferença cai para 161. O TCE fez um concurso público que foi prorrogado por mais dois anos e não concluiu o chamamento dos aprovados. Isso na prática quer dizer o seguinte: os aprovados que esperem enquanto os comissionados arrumam coisa melhor. A longa de lista de comissionados tende a aumentar ainda mais, com as regionais que foram criadas recentemente.

Contramão

O Tribunal de Contas vai na contramão da economicidade ao criar as regionais. Em uma época onde o acesso a informação é cada vez mais fácil, torna-se desnecessária a implantação dessas unidades nos municípios. Se o TCE contratasse técnicos em informática que desenvolvessem sistemas de gerenciamento e controle, um simples software seria suficiente. Basta os gestores municipais enviarem os dados e o TCE fazer o cruzamento dessas informações, e exigir as devidas comprovações de gastos, caso fosse necessário. A implantação de regionais custa dinheiro, e muito.

Implantação

É necessário que se construa, compre ou alugue imóveis, mobília, equipamentos, pessoal, veículos, enfim, toda uma estrutura desnecessária que não faz o menor sentido em termos de praticidade e economicidade. O que chama a atenção é o fato do órgão máximo da fiscalização dos municípios e do Estado, criar um gasto que ele próprio não recomendaria a nenhum prefeito ou governador.

Longa lista

Estamos produzindo uma reportagem sobre os gastos do Tribunal de Contas do Estado, assim como os contratos para as obras dessas regionais. Para se ter uma ideia, os contratos de construção do TCE só podem ser aditivados em até 25% de seu valor. Em Cacoal, já foi aditivado mais de 50%. Também chama a atenção a relação de comissionados do TCE que vai estar disponível na reportagem.

Falta fiscalização

O Tribunal de Contas anda solto. A Assembleia Legislativa que deveria olhar com lupa as ações de sua extensão, não cumpre seu papel e ainda foi a responsável pela aprovação da reforma estrutural do TCE, ano passado. Falta também transparência. Para se ter uma ideia, no site do TCE (www.tce.ro.gov.br) faltam diversas informações que podem ser facilmente encontradas em sites de tribunais de outros estados, como informações técnicas referentes a auditorias, relatórios atualizados de gastos e de pessoal, enfim. E olha que no setor de informática do TCE de Rondônia, constam 13 servidores comissionados lotados como “técnicos”, ou seja, pessoal, em tese capacitado, é o que não falta.

APCE

A Associação dos Profissionais de Auditoria e Controle Externo do TCE enviou nota ao Rondoniaovivo questionando o reajuste que está sendo estudado por uma comissão de conselheiros. Eles esclarecem que esse reajuste será apenas para os servidores efetivos, já que os comissionados tiveram reajuste ano passado. Agora vê se tem cabimento um negócio desses, os caras se mataram de estudar para passar no concurso e precisam aguardar um estudo para ver a viabilidade de reajustar seus salários, enquanto que os comissionados já conseguiram esse benefício. Na nota, eles esclareceram esse ponto e concordaram com o restante da reportagem. Esclarecida portanto essa questão.

Na Pérola

A situação em Guajará Mirim está cada dia mais grave. A população não quer nem ouvir falar no nome do prefeito. Tem gente que se benze quando o nome Atalíbio é pronunciado. A Câmara vem esperando um deslize do prefeito para dar início a um processo de impeachment. Enquanto isso, a administração municipal não consegue se encontrar. Falta pessoal qualificado para fazer a máquina funcionar corretamente. Nesse cenário, quem sofre é a população.

Ainda Guajará

O deputado estadual Miguel Sena, que era a grande referência do município, também anda com dificuldades por lá. A explicação é simples, foi Sena quem ajudou a eleger o prefeito, depois eles brigaram e o prefeito acusa Sena de “atrapalhar” as coisas. Sena por sua vez diz que Atalíbio é incompetente e não sabe administrar. O bate boca já chegou ás rádios e virou assunto do dia na cidade. Isso prejudica o deputado, que, apesar de ter uma linha de frente atuante na cidade e se fazer presente, vem perdendo espaço para outros candidatos que andam por lá.

E agora?

Com a decisão do PPS de não pedir votos para Dilma, e proibir as regionais de fazer o mesmo, a situação da dobradinha Cassol/Cahúlla vem sendo ameaçada. Nessa confusão, tem ainda outro fator, o PSDC de Neodi Carlos sempre lança José Maria Eymael para disputar a presidência da República. Agora em abril o PSDC vai autorizar os institutos de pesquisa a incluírem nome de Eymael como pré-candidato à presidente. Se isso acontecer, o meio de campo vai ficar embolado mesmo. Neodi vai ter que pedir votos para Eymael e Cahúlla para José Serra (PSDB). Durma com um barulho desses.

E o mercado?

Entregue, após 2 anos e 4 meses a reforma do mercado municipal de Porto Velho reuniu políticos e a “companheirada” em festa no último domingo. O prefeito, claro, estava por lá, assim como os peemedebistas, já que foram utilizados recursos oriundos de emendas do casal Raupp. O que ninguém conseguiu entender é como foram gastos R$ 1,8 milhão naquela obra, que também no primou pelo bom senso. Digo isso porque, enquanto o mundo discute a preservação do meio ambiente, os projetistas da prefeitura optaram por colocar uma fachada de madeira, que vai apodrecer e terá que ser reposta em um curto espaço de tempo. Realmente, a prefeitura anda para trás.

E mais

Parece que estou vendo a cara do prefeito e da companheirada dizendo assim “olha só essa imprensa, não tem do que falar e fica colocando defeito na fachada de madeira”. Já como resposta digo o seguinte: não é colocar defeito nem ser do contra. É ter bom senso no que se faz com o dinheiro público. Para que usar um material que tem vida útil curta e que vai precisar de reforma em breve, se poderia ter sido usado qualquer outro material mais barato. O mercado também deveria ter sido ampliado, construído um estacionamento coberto, que seria cobrado. Isso é pensar no futuro, e não fazer uma reforma meia-boca, que custou uma fortuna e ainda levou 2 anos e 4 meses para ser concluída.

Belo Monte

Mais uma vez a Justiça do Pará suspendeu o leilão que selecionará as empresas que vão construir a Hidrelétrica de Belo Monte, que estava marcado para terça-feira. O juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, da Subseção de Altamira, concedeu nesta segunda-feira a liminar que suspende o leilão. Logo em seguida, A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, cumpriria a medida liminar concedida, e suspendeu o leilão da usina que estava marcado para as 12h de terça-feira. Qualquer etapa do processo de licitação também foi suspenso. A liminar determina multa de R$ 1 milhão caso a suspensão não seja cumprida. O Ibama terá ainda que anular a licença prévia da usina e não poderá emitir uma nova até que a ação seja apreciada no mérito.

Por aqui

Não teve nem discussão. Disseram que iriam destruir as cachoeiras e a turma ainda aplaudiu.

Viajando


Já que o assunto é companheirada, ontem (domingo, 18) almoçavam na entrada da Linha Triunfo a senadora Fátima Cleide e o pré-candidato ao governo do PT Eduardo Valverde. Eles estavam a caminho de Ji-Paraná e deram um stop para recarregar as baterias, afinal, saco vazio não para em pé.

Cientificamente comprovado

Ouvir um sincero pedido de desculpas faz bem à saúde das mulheres, revela uma nova pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Elas sofrem menos estresse e podem ter menos prejuízos ao coração do que aquelas que não recebem desculpas. A pesquisa mostrou que a pressão arterial das contempladas com o pedido de desculpas voltou ao normal 20% mais rapidamente do que a dos homens. Os homens, no entanto, demoram mais tempo para se recuperarem de alguma frustração, mesmo depois de ouvirem as desculpas, mostra o estudo, que sugere que eles ficam mais irritados quando há uma admissão da culpa. Eles levaram 20% a mais de tempo do que as mulheres para voltarem ao normal. O estudo foi feito com 29 homens e 59 mulheres, que tiveram as pressões arteriais medidas e como foram alteradas a partir do pedido de desculpas.

Ações morais

Uma nova pesquisa realizada pela Universidade Harvard indica que ações morais podem aumentar a capacidade humana de exercer força de vontade e a resistência física. Participantes do estudo que realizaram boas ações - ou que apenas imaginaram-se ajudando outros - foram mais capazes de executar tarefas que requeriam resistência física. A pesquisa, publicada no periódico Social Psychological and Personality Science, mostra ainda que praticar más ações aumenta a força física. O pesquisador Kurt Gray, doutorando de Psicologia em Harvard, explica que esses efeitos podem ser um tipo de profecia que se autorrealiza. "As pessoas veem os que fazem o bem ou o mal como tendo mais eficácia, mais força de vontade e menos vulnerabilidade ao desconforto", disse Gray. "Ao encarar a si mesmos como boas ou más, as pessoas encarnam essas percepções, tornando-se de fato mais capazes de esforço físico". As ideias de Gray se baseiam em dois estudos. No primeiro, participantes receberam 1 dólar e podiam ficar com ele ou doá-lo para caridade. Em seguida, pediu-se que suportassem um peso de 2,5 kg pelo máximo de tempo que pudessem. Em média, os que doaram o dinheiro conseguiram segurar o peso por 10 segundos a mais. Em um segundo estudo, participantes seguravam um peso enquanto escrevia histórias onde ajudavam outros ou prejudicavam outros ou não tinham nenhum impacto sobre outras pessoas. Nesse caso, os benfeitores resistiram mais tempo que os neutros, mas menos que os malfeitores.

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