Tiros com balas de borracha, gás pimenta e confusão em reintegração de posse no bairro Lagoinha - Confira fotos

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Tiros com balas de borracha, gás pimenta e confusão em reintegração de posse no bairro Lagoinha - Confira fotos

Foto: Divulgação

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Na manhã desta terça-feira (21) mais de 150 famílias de uma área do bairro Lagoinha, entre as ruas Jacurumbar e Daniele, resistiram a ação de mais de 50 policiais – entre Policiais Militares e da COE (Companhia de Operações Especiais) -, que estavam na companhia do oficial de justiça Edgar de Jesus, que levava em seu poder um mandado de reintegração de posse da empresa EMBRASCOM, empresa que se diz proprietária da área.
 
Três caminhões, uma viatura do Corpo de Bombeiros e dois veículos da empresa que presta serviço para a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) ajudaram na “logística” de uma ação que deveria ser rápida e com êxito, porém não foi desta forma que acabou a reintegração de posse.  
 
De acordo com o líder das famílias que ocupam a área, José Alves, o local que a empresa EMBRASCOM quer não faz parte do perímetro de posse, como, segundo ele, consta em documentos emitidos pelo INCRA (Instituto Nacional de Regularização Fundiária), das quais possui cópias.
 
O líder dos ocupantes disse que vai encaminhar um documento aos poderes do Estado e do Município, onde solicitará para a Assembléia Legislativa e para a Câmara Municipal de Porto Velho uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das terras para investigar o processo que fizeram com que áreas desocupadas e que anteriormente faziam parte da UNIÃO FEDERATIVA BRASIL fossem repassadas para a Prefeitura e o Estado.
 
Segundo José Alves a distribuição de terra deve ser feita de forma justa, pois na atualidade muitos empresários estão adquirindo terras na capital sem critérios definidos e que de acordo com o líder da ocupação membros da própria Justiça vêem e nada fazem. “A CPI das terras no município devem ser analisadas de forma cautelosa para que muitos cidadãos de Porto Velho saibam sobre a verdade que muitos escondem”, disse José Alves.
 
CONFUSÃO
 
O capitão PM Lopes disse que ele e seus 50 homens comandados iriam fazer a segurança e manter a ordem na reintegração de posse e que estavam a disposição da Justiça para executar o serviço.
 
Passara-se uma hora de bate-boca entre ocupantes, policiais e o tratorista que iria executar o serviço de derrubar as casas de madeira e barracos. Algumas mulheres, em sinal de protesto, sentaram em cima da pá do trator, para impedir a ação, mas, num ato tresloucado o operador da máquina acabou erguendo a pá e derrubando o grupo de mulheres, inclusive com uma grávida, que tombou e se feriu.
 
Com essa ação o tratorista virou alvo de dezenas de pessoas que passaram a jogar pedras na máquina, policiais da COE tiveram que utilizar gás de pimenta e armados de escopetas, calibre 12, municiadas com balas de borracha, montaram uma estratégia de defesa com tiros para dispersar a turba que protestava.
 
Diante da confusão que se desenrolou a tropa de policiais recuou para que os ânimos fossem retomados pela normalidade e a reintegração de posse fosse executada.

 

Os ocupantes estavam no local desde o dia 16 de abril.

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