Alto custo de produção de café em Mirante da Serra (RO) assusta cafeicultores da região

Alto custo de produção de café em Mirante da Serra (RO) assusta cafeicultores da região

Alto custo de produção de café em Mirante da Serra (RO) assusta cafeicultores da região

Foto: Divulgação

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Mirante da Serra, em Rondônia, na região de Ji-Paraná, não possui altitude elevada, apesar do nome da cidade. No município, a produção do café é o conillon, como em todo o estado, e os cafeicultores do município também estão sofrendo com altos custos de produção.
“Os custos de produção da região central do estado são elevados, e os produtores têm um preço um pouco defasado do preço praticado nas regiões centrais ou do Espírito Santo. Mas não muita coisa. A nossa qualidade praticamente compensa a diferença. Nós temos até um preço razoável. O preço recebido pelos produtores é de R$ 190 a saca para um café conillon tipo 8”, comentou o cafeicultor de Mirante, José Francisco Cardozo em entrevista ao Notícias Agrícolas.
A defasagem do preço e a falta de incentivo resultaram em uma queda na safra de Rondônia. Além da dificuldade de preço, tem a dificuldade de produzir em um local mais úmido. “A região é mais úmida, onde as ervas daninhas competem com o café. Na verdade, nós temos uma região grande produtora, com umidade muito alta, e a manutenção desse café com qualidade de produção realmente deve ser maior do que em outras regiões. Os cafés de Rondônia seguem para secadores mecânicos, e outra parte trabalha com secador em terreiro“ disse Cardozo.
O café de Rondônia é exportado para países como a Alemanha, para o desenvolvimento de blends. “O nosso café robusta tem um diferencial muito maior em relação à qualidade do que o café do Espírito Santo, em função de ter menos acidez. É um café neutro, que tem muito interesse do exportador que faz o blend. Mas, a produção do café na região não aumentou muito por causa da defasagem do preço e da falta de incentivo merecido da parte dos órgãos que financiam a safra. O produtor não tem ajuda, então ele é obrigado a vender o café antes do prazo. E não tem recurso para custear a lavoura seguinte. Isso prejudica um pouco o incentivo para o aumento da produção na região, finalizou o cafeicultor.
As informações partem do Notícias Agrícolas, adaptadas pelo Café e Mercado.
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