Na condição de presidente do sindicato que reúne as empresas de transporte coletivo do Amazonas (Sinetram), o empresário e candidato a senador por Rondônia ( que teve seus direitos políticos cassados pelo TRE/RO), Acir Gurgacz, ameaçou nesta quarta-feira(12), deixar cerca de 1,5 milhão de usuários do transporte coletivo em Manaus prejudicados, caso a tarifa de ônibus não aumente 25%.
Atualmente o valor do coletivo em Manaus é de R$ 2 e com o aumento passaria para R$ 2,50. A decisão do empresário foi destaque nos principais jornais da capital amazonense e deixou a população em polvorosa.
O empresário alegou em documento protocolado na Prefeitura, que o Sinetram comprou 400 novos ônibus (embora tenha anunciado através de propaganda a compra de 500, segundo editorial do jornal Amazonas em Tempo); que concedeu um aumento de 15% aos funcionários do sistema; que o combustível sofreu um reajuste e que o custo médio do passageiro é de R$ 1,28.
Gurgacz afirmou que o aumento teria sido cogitado em fevereiro deste ano, a partir de um acordo verbal entre ele e o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Amazonas, Josildo Oliveira e o prefeito, Serafim Corrêa. O aumento aconteceria já neste mês de novembro.
No Editorial desta quinta-feira(13), o jornal Amazonas em Tempo questionou quem manda na cidade. O jornal destaca que Gurgacz responde por uma série de processos, entre eles é acusado pela fraude de R$ 20 milhões no Banco da Amazônia, segundo levantamento feito pelo Congresso em Foco.
Ainda segundo o jornal, a arrogância de Acir já está recebendo os devidos reparos do Ministério Público do Estado, de alguns vereadores e organizações de estudantes e trabalhadores.