O senador Expedito Júnior (PR-RO) afirmou ontem (28), no Plenário, que o estado de Rondônia, como o restante do país, está enfrentando problemas na área de segurança pública e cobrou dos governos estadual e federal investimentos no setor. Ele afirmou que as rebeliões e mortes no Presídio Urso Branco não são apenas responsabilidade do governo estadual, mas também do governo federal, pois 60% dos detentos são responsabilidade deste. Expedito Júnior pediu também mais investimentos na Polícia Militar do estado.
O Presídio de Urso Branco foi inaugurado em 1997. Em 2000, 2001, 2004 e 2005 o presídio enfrentou rebeliões que acarretaram, juntas, o assassinato de mais de 90 detentos, além de centenas de feridos e instalações destruídas. O Brasil responde, desde 2002, a processo na Organização dos Estados Americanos (OEA) por não respeitar as normas internacionais de direitos humanos em Urso Branco, devido aos massacres de presos, à superlotação e às instalações deficientes.
Expedito Júnior também demonstrou preocupação com a possibilidade de adiamento do início das obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Girau, que devem ser construídas no Rio Madeira, em Rondônia. Ele disse que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) "podem estar trabalhando contra as duas usinas". A construção das usinas depende de licença ambiental do Ibama.
A construção das usinas, observou Expedito Júnior, está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), embora as obras sejam importantes para o crescimento econômico de Rondônia e do Brasil, conforme afirmou. De acordo com o senador, as usinas poderão gerar algo em torno de 75% da energia que a usina hidrelétrica binacional de Itaipu gera atualmente.