DOMINÓ - Filho de Haroldo Santos afirma que seus direitos foram violados e quer R$ 70 milhões de indenização

O vereador do município de Ji-Paraná Gebrim dos Santos (PP) - filho do Deputado Haroldo Santos - disse que irá entrar com um processo de "transação" e pedirá uma indenização no valor de R$ 70 milhões de reais pelo constrangimento de ter sido preso durante

Depois de quatro meses e sete dias da ação da Polícia Federal que deflagrou a "Operação Dominó" no Estado de Rondônia, esta operação culminou na prisão de autoridades do Estado sobre a acusação de dissipar o patrimônio rondoniense no desvio de milhões de reais dos cofres públicos. Na ocasião, o vereador do município de Ji-Paraná Gebrim dos Santos (PP) - filho do Deputado Haroldo Santos - também foi preso, e no início dessa semana nossa reportagem conseguiu com exclusividade o parecer do vereador sobre a Operação que abalou o Estado. *Segundo Gebrim dos Santos, em comentários com seus companheiros, não foi ele que foi preso e sim o filho do deputado Haroldo, mas afirma veemente que ele não teria motivos para ser aprisionado. *“Nada foi provado contra minha pessoa, as gravações de mais de um ano e meio sobre mim são coisas pessoais, nenhuma levaria a minha prisão preventiva. Não justificou, tanto que o Ministério Público mandou me soltar. Eu não fui solto por um Habeas Corpus em Brasília, em Porto Velho ou em Ji-Paraná, eu fui solto por falta de denúncia”, argumenta Gebrim. *Gebrim diz que naquele momento o Ministério Público quando foi oferecer a denúncia não ofereceu contra sua pessoa, e se não ofereceu não tinha nenhuma justificativa para prisão, mas concorda que havia ações erradas no Estado e reivindicou a punição dos culpados pelo rombo nos cofres públicos. *“Eu participei, na minha opinião, de um espetáculo policial a qual tinha-se alguma coisa realmente a serem investigadas, tinha realmente algumas coisas feitas erradas, agora que se puna os culpados, não que se puna todo mundo”, contesta o vereador. *Ação da Polícia e Processo de Transação *Na oportunidade de apresentar a sua versão sobre a Operação Dominó, Gebrim dos Santos disse que foi um método utilizado Polícia para “aparecer”, ou seja, se um delegado ou um agente tem “algo” de A ou de B com alguém, resulta em querer colocar aquela pessoa no meio de algo que às vezes não tem nada a ver. *Gebrim anuncia sua reivindicação ao Estado diante da sua prisão: “Vou entrar com um processo de transação, não aceito o que fizeram comigo, não foi justo, fizeram um grande círculo”, onde ainda disse que, irá cobrar uma indenização no valor de R$ 70 milhões de reais. *Falta de Informação *Para Gebrim dos Santos, no dia 04 de Agosto quando ocorreram as prisões (no município de Ji-Paraná) eles, os acusados, nem sabiam por que estavam sendo detidos, a única informação que tinham era que estavam sendo presos o Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, o deputado Carlão de Oliveira (PPS/Alta Floresta) e o Presidente do Tribunal de Justiça (Sebastião Teixeira). E segundo ele (Gebrim) ficou muito preocupado em ser um preso político e sem saber por que estava sendo detido. Ainda disse que a informação sobre o que estava acontecendo veio da imprensa, e que seu advogado, Edmundo Santiago, só teve acesso ao processo seis dias depois da prisão, enquanto a imprensa tinha todas as gravações telefônicas e já estavam divulgando. *Direitos Violados *Gebrim argumentou que seus direitos de defesa, os de cidadão, Constitucional, não foram respeitados e não estão sendo, e segundo ele, é preciso rever esta situação, onde indagou: “Será que é certo? É correto ficar assim?” E ainda ressaltou: “Por exemplo, se hoje o meu processo continua em investigação pela Policia Federal - tudo bem, não vão achar nada por que senão não teria me soltado o Ministério Público, teria oferecido denúncia -. Entro com um processo de transação, quem é que vai pagar? - A Polícia Federal. Não. Você que paga o IPTU, nós que vamos pagar. – Será que é justo fazer esse círculo político, esse círculo policial?” *Gastos com a Operação *Para a ação da Polícia Federal em Rondônia, durante a Operação Dominó, Gebrim dos Santos destacou que foram utilizados os serviços de mais de 200 policiais, e ainda disse que foram investidos R$ 500,00 mil reais na mesma, e indagou: “Quantas passagens aéreas foram gastas e quantas diárias?”, destacando que em Brasília nem oferecida denúncia sobre o Presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Teixeira, e sobre o Juiz Carlos Vitacchi, sobre o Ministério Público a qual foram acusados todos os poderes. *Rondônia perde *Na visão de Gebrim o Estado não teve nenhum êxito com a atuação da Polícia Federal. “Com essa operação ficou provado que o grande escândalo em nível nacional que Rondônia não ganhou nada com isso, só perdeu”, - E ainda quer saber diante da situação: “Que empresa vai investir aqui?”, diante do fato de que todos os poderes estaduais estariam envolvidos em escândalo. *O que fica sobre a Operação Dominó *Depois de passar por 21 dias encarcerado o vereador Gebrim diz que o seu sentimento agora é de uma simples mágoa, decepção com a Constituição e o desrespeito com a Polícia Federal vem fazendo com essas operações.

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