I Congresso de Comunicação discute papel da assessoria na sociedade

Da Redação

10 de Junho de 2007 às 15:56

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I Congresso de Comunicação discute papel da assessoria na sociedade

Foto: Divulgação

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*Na tarde de quinta-feira (09), dando continuidade a programação do I Congresso de Comunicação da Região Norte, no Auditório da ILES/ULBRA, no Painel IV o conferencista Maurício Lara, ex-assessor de imprensa da Secretaria de Comunicação do Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, falou sobre o papel da comunicação numa sociedade em transformação, como é o trabalho de uma assessoria de comunicação para a esfera pública (uma prefeitura ou um governo). *Com o auxílio do Data Show, ele explicitou sobre os meandros que levam a comunicação para a consolidação da democracia e à plenitude do exercício da cidadania,com o auxílio de uma assessoria, no mínimo, competente. *De acordo com ele, a comunicação ? na tarefa do assessor ? tem sua importância ímpar no papel de zelar pela imagem da instituição. Para ilustrar bem a sua definição ele apresentou a metáfora das ?portas?, ou seja, que uma assessoria pública tem pelo menos sete portas, distintas, bem separadas e que podem e devem ser bem identificadas. *Maurício esclareceu que um assessor que se preze tem nas mãos as chaves das sete portas e precisa saber usá-las por uma razão singela: aquele que mistura a ordem correta das portas está apto a sair por uma delas. Ou seja, para não ser demitido deve seguir a ordem certa na postura do pleno exercício de uma assessoria de comunicação. *As sete portas indicadas por ele são: Imprensa, Comercial e Mídia, Tom do Discurso, Relação com o público, Comunicação Interna, Demanda Interna e Acesso ao Poder. *Para cada uma dela ele definiu da seguinte forma: *IMPRENSA ? é onde se permite o acesso aos jornalistas, atendendo ao sagrado direito da sociedade à informação. Aqui no caso Maurício destacou o paradoxo da assessoria má e boa, justamente é o ponto de equilíbrio do profissional na hora de tratar a imprensa e passar a informação correta, onde em uma ponta se permite o purismo e na outra ponta a perda de escrúpulos. *COMERCIAL E MÍDIA ? por essa porta circula as agências de publicidade, com propostas de anúncios para campanhas institucionais, aniversário da cidade, cadernos especiais em jornais de grande circulação. Maurício alertou que na gestão pública, o risco é a verba direcionada ao marketing ser mal versada no seu uso, pois a proposta nesse caso é a comunicação, e em alguns casos ela é deixada de lado quando assuntos nulos ou de menor insignificância são colocadas a frente da informação, como dedicar out-doors ou tablóides para ressaltar o nome do administrador e da sua família, cuidando de uma auto-promoção desnecessária, sendo que seria mais correto falar dos serviços essenciais da sua administração, mostrar o que está sendo feito e os resultados obtidos, priorizando as ações e não ?o? personagem. *TOM DE DISCURSO ? Aqui circula o conteúdo das mensagens, destinadas à sociedade, seja nos anúncios, nas entrevistas, nos comunicados. É onde também se define o tipo de conversa que se deve ter com a comunidade, pois aqui a informação é passada diretamente a sociedade sem o auxílio da imprensa. *RELAÇÃO COM O PÚBLICO ? Essa porta é da interação do poder público com a população, é onde os administradores entram em contanto diretamente com os problemas da comunidade sem uso de intermediários, e isso pode ser feito através de palestras ou seminários por exemplo. Pois uma prefeitura pode fazer uma palestra sobre gestão pública em uma escola da periferia, ou em qualquer ambiente onde a comunidade vai ter acesso livre. *COMUNICAÇÃO INTERNA ? Por aqui ocorre a informação entre as instituições que integram os serviços públicos, como secretarias por exemplo. Tem que haver uma interação entre os funcionários e o poder, e isso é feito com reuniões, encontros, informativos internos e que coloquem todos os envolvidos em permanente contato, ou ao menos, inteirados dos problemas e das atividades exercidas por cada um deles. *DEMANDA INTERNA ? Como atender às expectativas de todos que produzem informação? Essa é a porta da pressão, é onde as informações são processadas e não pode ter falhas. *ACESSO AO PODER ? Essa é a porta mais discreta, onde a assessoria de comunicação tem acesso ao núcleo do poder da instituição. O profissional da área tem acesso irrestrito a todas as áreas, pois ele precisa ficar inteirado sobre tudo o que acontece, para que esteja bem informado. Que importância a instituição dá a comunicação e que dela se encarrega. Aqui Maurício Lara adverte: a comunicação não precisa TER poder, mas precisa ter ACESSO ao poder. *Após a apresentação de Maurício a Mesa Debatedora composta pelo jornalista e advogado Aurimar Souza de Sá (do programa radiofônico?A Hora do Povo?) e Marcos Gruztmacher, presidente do SINJOR (Sindicato dos Jornalistas do Estado de Rondônia), mediados por Fred Perillo (um dos organizadores do evento), falaram a respeito das diferenças do assessor de imprensa e o de comunicação, da legalidade da profissão do assessor ? onde Grutzmacher ressaltou que hoje somente profissionais da imprensa, jornalistas, são aptos a exercer o cargo ?. *Alguns membros da platéia acirraram a discussão sobre a importância do curso de jornalismo para um bom exercício na Assessoria de comunicação, enquanto outros discordavam pois achavam que um RP (relações públicas) também é tão competente quando um repórter. Nesse caso Maurício esclareceu que o repórter é o mais indicado à assessoria devido ao acesso que ele tem diretamente com a imprensa, seja nas redações de jornais, rádio e/ou TV, ao traquejo na relação difícil que é ter com a imprensa em geral, principalmente a marrom, que não tem o menor pudor de ?falar mal? só por falar.

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