CULTURA - Cantina do Porto traz Bruno Rocha em três shows exclusivos

Cantina do Porto traz Bruno Rocha em três shows exclusivos

Da Redação

18 de Julho de 2011 às 15:21

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CULTURA - Cantina do Porto traz Bruno Rocha em três shows exclusivos

Foto: Divulgação

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A sua caminhada percorreu cada pedaço do Brasil, mas foram as suas experiências vividas em solo rondoniense que inspiraram suas mais admiráveis composições musicais. Bruno Rocha, compositor e músico mineiro, tem em suas canções letras que falam sobre o desenvolvimento econômico de Porto Velho, o incontestável amor pela cidade, o poder devastador do uso de drogas, as suas aventuras ribeirinhas e as amizades conquistadas.

O compositor dispõe de um repertório variado que usa tanto poesias de métricas ousadas quanto letras para canções simples, misturando ritmos brasileiros e estrangeiros para alcançar um estilo próprio e autêntico. Quando perguntado sobre o significado de sua obra, ele declara que “minha música torna suportável o aspecto da vida, cobrindo-a com o véu do pensamento imperfeito”.

‘Te amo até debaixo d’água’ e ‘Pindoramalização’ são exemplos de músicas com críticas sobre o atual momento vivido pela capital rondoniense, em razão da construção das usinas de Santo Antonio e Jirau. “A cachoeira do Santo Antonio agora é um cartão postal inundado e nem por isso o povo daqui deixa de amar e valorizar sua terra, mas eles vão cobrar por isso, tenho certeza”, alerta Bruno Rocha.

O problema do uso de drogas, que acomete parte de nossa juventude, também é tema das composições do músico. Em ‘Cabeça Animal’, Bruno Rocha revela os conflitos da alma no mundo de valores distorcidos, dramas familiares e até a busca incessante pela cura e a fuga desse submundo, que leva muitas vezes o dependente químico apelar para o suicídio.

Uma das letras mais curiosas de Bruno Rocha se chama ‘Faroeste em Rondônia’. De acordo com o autor, a música conta sobre a sua primeira vinda a Porto Velho, em 2002. “Eu dei carona para um fugitivo do Urso Branco, sem saber quem ele era”, comenta. Ao conhecer outras pessoas na cidade comentou sobre a amizade estabelecida e quando disse o nome do “amigo” todos se assustaram. “Ele me deu o seu telefone e disse que eu podia contar com ele em qualquer problema”, lembra.

Quem freqüenta a noite de Porto Velho em seus circuitos alternativos pode já ter ouvido ‘Janis Joplin de São Tomé’ ou ‘A Cidade’, uma das primeiras canções de Bruno Rocha. As bandas locais Beradelia, Soda Acústica e os cantores Diego Bentes e Cegos Man são alguns dos artistas que interpretam essas músicas, cantadas pelos jovens em coro alegre e harmônico.

Em 2006 e 2007, o músico foi parte integrante da extinta banda portovelhense Moahge, liderada por Junior Fonseca, o Cegos Man, e que contava com o baterista Rodolfo Bártolo, o baixista Jaime Camacho e o percussionista Marco Aurélio.

Reconhecimento

Em razão do repertório próprio e talento nato indiscutível, a visionário empresário Leo Albuquerque, proprietário do bar Cantina do Porto, investiu na idéia da boa música e trouxe Bruno Rocha para se apresentar em Porto Velho e, também, gravar um CD independente.

O músico já tem confirmado três shows no bar Cantina do Porto. Já o CD será produzido no estúdio do Coletivo Caos (Cultura e Arte Organizando o Social), associação com fins culturais e organização de eventos. “É uma grande satisfação trazer atrações musicais de qualidade para meus clientes. Esse é o nosso grande diferencial”, afirma Leo Albuquerque.

Bruno Rocha se apresentará com a banda `Os Bombas do Santo Antônio` formada pelo baterista Rodolfo Bártolo e o baixista Luiz Paulo, “cascão”. O show terá participação especial de Oseas Araújo na guitarra.

Sobre Bruno Rocha

Bruno Rocha nasceu em Passa Quatro, Minas Gerais. É músico, compositor e técnico em telecomunicações, ofícios que o levaram a conhecer todo o País. Ele fez parte da primeira turma do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Nos shows, Bruno Rocha apresenta 16 de suas principais composições, combinadas com interpretações de outros autores como Tim Maia, Lenine, além de o rondoniense Bado, todas com letras inteligentes e músicas com ritmos dançantes.

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