Chicão Santos vai ao encontro nacional da RBTR
Foto: Divulgação
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O Ator Chicão Santos criador do Grupo Oimaginário de Porto Velho/RO, embarca neste domingo (20), para a Cidade do Rio de Janeiro onde participa na Aldeia de Arcozelo (Paty de Alferes) do “V Encontro Nacional da Rede Brasileira de Teatro de Rua”.
A Rede Brasileira de Teatro de Rua criada em março de 2007, em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo.
O intercambio da Rede Brasileira de Teatro de Rua ocorre de forma virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é feita nos encontros presenciais, sendo que seus membros farão, ao menos, dois encontros anuais. Os coletivos devem se organizar para enviarem articuladores para os encontros presenciais.
O papel de cada integrante é ampliar a rede através da criação de movimentos regionais de teatro de rua, bem como da manutenção dos já existentes.
A missão da Rede Brasileira de Teatro de Rua é lutar por políticas publicas de cultura com investimento direto do estado em todas as instancias: municípios, estados e união. Para promover a produção, difusão, formação, registro, circulação e manutenção de grupos de teatro de rua e de seus fazedores para garantir o acesso aos bens culturais a todos os cidadãos brasileiros, construindo assim um país mais justo.
Os articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua dos estados AC, AM, CE, BA, ES, GO, MA, MG, PA, PE, PR, RJ, RR, RN, RO, RS, SC e SP reunidos nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2008,
A representação do teatro de Rua no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC);
A representação do teatro de Rua no Colegiado Setorial;
A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, que vincula para a cultura, o mínimo de 2% no orçamento da união, 1,5% no orçamento dos estados e distrito federal e 1% no orçamento dos municípios;
O direito de indicação de representantes de teatro de rua nas comissões dos editais públicos;
- A extinção da Lei Rouanet e de qualquer mecanismo de financiamento que utilize a renuncia fiscal, por compreendermos que a utilização da verba pública deve se dá através do financiamento direto do estado, por meio de programas e editais em forma de prêmios elaborados pelos segmentos organizados da sociedade;
- A criação de um programa especifico que contemple: produção, circulação, formação, registro, documentação, manutenção e pesquisa para o teatro de rua;
- A criação imediata de um edital para a circulação de espetáculos de teatro de rua, constituindo-se assim, circuito nacional de teatro de rua;
- Que os espaços públicos, ruas, praças e parques sejam considerados equipamentos culturais e assim contemplados na elaboração de editais de políticas públicas e no Plano Nacional de Cultura;
- A extinção de toda e qualquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de teatro de rua garantindo assim o direito de ir e vir e a livre expressão artística conforme nos garante a constituição federal brasileira no artigo 5º;
- A criação de um programa nacional de ocupação de imóveis públicos ociosos, para sediar o trabalho e a pesquisa dos grupos de teatro.
- O teatro de rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos.
A origem da Aldeia
A origem da Aldeia de Arcozelo remonta ao apogeu do ciclo do café. Era a antiga Fazenda da Freguesia, uma das propriedades do Capitão-Mor Manoel Francisco Xavier, que durante muitos anos foi dos grandes produtores de Paty do Alferes e palco da mais importante fuga de escravos da região, liderada por Manoel Congo.
Pelas mãos do Embaixador Paschoal Carlos Magno, transformou-se na Aldeia de Arcozelo, um complexo cultural com o objetivo de ser um centro permanente de realizações artísticas.
Através do sonho de Paschoal, um dos nomes de maior relevância na trajetória do teatro brasileiro, foram construídos o Anfiteatro Itália Fausta, o Teatro Renato Vianna, salas de exposições e oficinas, a Biblioteca, além de uma área reservada para hospedagem e alimentação dos participantes de eventos lá realizados, tais como o Festival de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro e o Encontro de Corais das Escolas Estaduais do Rio de Janeiro.
Numa justa homenagem aos tantos escravos que ali viveram, Paschoal Carlos Magno construiu uma pequena capela onde ainda podem ser vistas imagens de santos negros hoje reverenciados como a Escrava Anastácia e instrumentos para castigos usados à época.
Hoje a Aldeia de Arcozelo é administrada pela Funarte – Fundação Nacional de Artes
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