CAOS AÉREO: Empresas se unem contra retirada de voos em Rondônia

Administradoras de condomínios iniciam mobilização da população e enviam manifesto para mais de 20 mil clientes participarem de abaixo-assinado

Rondoniaovivo

21 de Março de 2024 às 10:54

Atualizada em : 22 de Março de 2024 às 10:01

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CAOS AÉREO: Empresas se unem contra retirada de voos em Rondônia

Foto: Divulgação

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Nesta quarta-feira (20), duas empresas do ramo condominial, a Valorize e a Administre, que atuam para quase uma centena de condomínios residenciais e comerciais em Porto Velho, se uniram para enviar manifesto para seus clientes de mais de 8.000 unidades, que totalizam mais de 20 mil pessoas.

O motivo é um abaixo-assinado que será enviado para autoridades federais tomarem providências contra a retirada de voos de Rondônia por companhias aéreas. Chamado de “Enfrentando o Caos Aéreo em Rondônia: Mobilize-se Conosco”, a iniciativa quer convocar o maior número de rondonienses possíveis para que protestem contra a retirada de voos e os valores abusivos praticados em nosso Estado.

“Nossa missão vai além da administração de condomínios. Estamos atentos às necessidades da coletividade e comprometidos em promover ações que beneficiem a todos. Dito isso, é com preocupação que observamos a realidade da conectividade aérea em Rondônia: a falta de voos e os atuais valores exorbitantes das passagens”, diz a convocação enviada aos condôminos das duas empresas.

E o comunicado segue: “Esse cenário, que já se arrasta há 9 meses, não apenas dificulta viagens e negócios, mas também coloca em risco a vida de pacientes de urgência, gera prejuízos a diversos setores da economia e causa um verdadeiro isolamento da região. Assim, convidamos você e seus familiares a se unirem a nós nesse movimento de cobranças pelo fim dessa verdadeira discriminação contra os rondonienses”.

Representantes da Administre e Valorize se reúnem para aderir a abaixo-assinado - Foto: Arquivo Pessoal

ACEP

Quem também sinalizou pela adesão à iniciativa é a Associação Comercial e Empresarial de Porto Velho (ACEP), por meio de seu presidente Valdir Vargas.

“Dialogamos hoje com o advogado consumerista Gabriel Tomasete e avaliamos o manifesto. Estamos acompanhando com preocupação a questão aérea, pois mesmo após várias reuniões e inclusive audiências, não se chegou a uma solução prática para a população rondoniense. O problema perdura, e se acentua cada vez mais, diante disso acreditamos que a mobilização social seja um caminho necessário a ser trilhado, além disso, buscaremos construir medidas eficazes por meio do diálogo com nossos associados e outras entidades do setor produtivo e da sociedade civil organizada”, explicou o presidente.

Valdir Vargas, presidente da ACEP, também adere à mobilização - Foto: Arquivo pessoal

Mais dificuldades

Empresas dos mais diversos setores estão sendo impactadas há quase um ano, a exemplo de shows e eventos cancelados, como a vinda do repórter Caco Barcellos, que seria palestrante no Tribunal de Justiça do Estado.

Outro setor gravemente impactado é o turismo regional. O proprietário de um hotel de pesca na região do Rio Guaporé informou à reportagem que a falta de voos em Vilhena tem afetado duramente o seu funcionamento.

“Pediremos adesão ao movimento aos nossos clientes do Brasil, Estados Unidos e Europa, o que deve causar espanto quando souberem que a região está isolada do país e do mundo devido a esse grande descaso e desrespeito”, desabafou um empresário que pediu para não ter sua identidade revelada.

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