VIOLÊNCIA: Ele disse no hospital que caí sozinha”, conta mulher agredida por PM

Vídeo mostra policial dando uma rasteira em Silvana, que ficou com o rosto ensanguentado e teve fratura exposta na perna

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Mãe e costureira, Silvana de Souza, de 39 anos, precisou ficar dois dias e meio no hospital para se recuperar de uma fratura exposta na perna. No dia 19 de fevereiro, ela foi agredida violentamente por um Policial Militar em Mafra, município ao norte de Santa Catarina. De acordo com ela, o PM disse no hospital que a mulher “caiu sozinha”.

 

Um vídeo passou a circular nas redes nesta terça-feira (10) com imagens que mostram um policial dando uma rasteira em uma mulher que já estava sendo presa e não demonstrou resistência. Ao cair no chão, a mulher fica com o rosto ensanguentado.

 

“Eu me senti um nada, um lixo, um zé ninguém para eles, como se eu fosse um animal. Não tinha necessidade de eles fazerem aquilo comigo”, lamenta, em entrevista à Ponte. “Ele disse que eu caí sozinha, que eu reagi e que quando ele caiu por cima de mim, o material de trabalho dele fraturou a minha perna”, contou.

 

Silvana é vizinha de um suposto suspeito da PM. Com isso, ela não tinha envolvimento no caso. De acordo com ela, no entanto, os policiais logo partiram pra cima dos moradores, inclusive da sua família, com gás pimenta.

 

“Entraram na minha casa, com arma apontada, espirrando gás pimenta até nas crianças, com arma apontada. O meu menor, de quatro anos, não pode escutar uma sirene e já pergunta se é sirene, se é polícia, está traumatizado”, conta.

 

 “Vi um monte de PM, as crianças com os olhos vermelhos, minha irmã, meu cunhado e fui perguntar. Já fui abordada por um policial com spray de pimenta. Eu comecei a discutir com o policial porque achei abuso de autoridade. A ocorrência não tinha nada a ver com a gente e já entraram no nosso terreno com violência, apontando arma pra todo mundo”, continuou.

 

A Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC) comentou nesta terça sobre o vídeo e afirmou que uso da força faz parte do “protocolo padrão” dos agentes e que a mulher demonstrou resistência, algo que não é perceptível pelas imagens.

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