O Ministério da Educação propõe entre outras medidas, que as instituições invistam na Bolsa e criem organizações sociais
Foto: Divulgação
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O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quarta-feira (17/07/2019), o Future-se, um programa de mudanças na autonomia financeira das 65 universidades e institutos federais. Um dos objetivos do programa é oferecer mais possibilidades para que as instituições de ensino captem recursos e, com isso, consigam evitar que dependam exclusivamente do orçamento da União.
O modelo foi inspirado em experiências semelhantes da Europa, Canadá, Israel, Austrália e Estados Unidos. Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, essa é uma forma de modernização das instituições de ensino brasileiras. A adesão das universidades, no entanto, será voluntária.
Confira, a seguir, dez mudanças que o novo programa do MEC propõe para as universidades e institutos federais do país:
Entenda
O Future-se foi lançado na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), em Brasília, com a presença de reitores e diretores de institutos federais. O governo federal enviará um projeto de lei ao Congresso e editará de medidas provisórias para regular a flexibilidade financeira das instituições. “Em um ano de dificuldades, apresentamos uma alternativa. Vamos atravessar esse ano e colocar o Brasil onde ele deve estar”, comemorou nesta quarta-feira, Weintraub.
O MEC lançará nesta quarta-feira a consulta pública sobre a proposta. O governo federal quer que reitores opinem sobre as mudanças nas receitas, que deixariam de ser limitadas pelo teto de gastos. “Queremos que os reitores foquem no ensino e pesquisa que é o forte da universidade. Gerir os contratos dá muito trabalho aos reitores”, destacou Arnaldo Barbosa, secretário de Educação Superior.
Ao dai início à apresentação do programa, o ministro foi interrompido pelo presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, que protestou durante o anúncio. “Onde está o dinheiro da Educação, ministro? Os estudantes estão desesperados por que não tem dinheiro para suas pesquisas. Precisamos de investimento, de mais vagas e de mais estrutura”, reclamou.
Weintraub rebateu: “Vamos colocar as medias a consulta pública para saber todas as opiniões e desconstruir a falta de informação”, disse, ao convidar o estudante que não se identificou para sentar-se ao lado dele. Os seguranças do Inep foram chamados, mas não chegaram a agir.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!