Mocidade seria campeã do carnaval do Rio, mas jurado errou

A polêmica, revelada pela coluna "Roda de Samba", do jornalista Leonardo Bruno, se deu com o voto de Valmir Aleixo Ferreira. O jurado classificou o enredo como "de grande densidade cultural", mas critica a falta do “Esplendor dos 7 Mares”, descrito no rot

Mocidade seria campeã do carnaval do Rio, mas jurado errou

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

A Mocidade Independente de Padre Miguel deveria ter recebido o título de campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 2017. A constatação veio na tarde desta segunda-feira (20), após divulgação oficial das justificativas de todos os jurados. Um dos responsáveis pelo julgamento penalizou a escola por acreditar que ela entrou na Marquês de Sapucaí com um destaque a menos. O problema é que a Verde Branco, que perdeu a consagração para a campeã G.R.E.S Portela por um décimo, tinha informado da mudança no esquema do desfile em tempo hábil.

A polêmica, revelada pela coluna "Roda de Samba", do jornalista Leonardo Bruno, se deu com o voto de Valmir Aleixo Ferreira. O jurado classificou o enredo como "de grande densidade cultural", mas critica a falta do “Esplendor dos 7 Mares”, descrito no roteiro do desfile, chamado de livro Abre-Alas enviado em 11 de janeiro. O desfile de Camila Silva, que vestiria a fantasia no chão, foi corrigido em um segundo livro Abre-Alas. A atualização, distribuída em 31 de janeiro, de que Camila passaria à frente da bateria, passou despercebida por Ferreira.

Nas contas do jornal Extra, se tivesse recebido a nota máxima, 10, de Ferreira em vez do 7 contabilizado, a Mocidade ficaria empatada com a Portela. O desempate viria no quesito Comissão de Frente, em que a Mocidade tirou 10 e a Portela perdeu por um décimo. Mesmas pontuação que lhe concedeu o título deste ano.

Em nota, a Mocidade Independente de Padre Miguel questiona o "despreparo apresentado pelo julgador". "É inadmissível que o sonho de uma comunidade seja jogado fora por um erro tão crasso", diz o documento.

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) defendeu, também em nota, que o livro Abre-Alas só chegou às mãos do júri após o primeiro curso de julgadores. “Analisando as justificativas do julgador Valmir Aleixo, depreende-se que o referido julgador utilizou a versão anterior, recebida no dia do curso de julgadores, com suas observações iniciais sobre o enredo de cada escola de samba”.

Leia a nota da Mocidade Independente de Padre Miguel

A Mocidade Independente de Padre Miguel vem a público externar todo o seu descontentamento com a justificativa da nota atribuída pelo julgador de enredo Valmir Aleixo Ferreira.

Antes de tudo, gostaríamos de exaltar o belíssimo desfile feito pela Portela e o merecido título conquistado.O que questionamos nesta nota é o despreparo apresentado pelo julgador em questão para cumprir tão importante função. É inadmissível que o sonho de uma comunidade seja jogado fora por um erro tão crasso.

Criar algo que em nenhum momento esteve no livro ‘’Abre-Alas’’ e em cima disso nos penalizar, soa estranho e sem explicação.A Mocidade se posiciona em busca de mais preparação técnica e responsabilidade para todos os julgadores.

Cobraremos isso! Meses de investimento, trabalho pesado, e a dedicação de milhares de componentes não podem ser prejudicados desta maneira.À nossa valorosa comunidade: nunca deixem de acreditar neste sonho!

O desfile que fizemos só foi possível com a participação determinante de vocês. Em 2018 vamos voltar na Avenida e buscar o título que nos foi tirado de forma tão lamentável.

Confira a justificativa da Liesa

Com relação às matérias relacionadas com a publicação dos mapas de notas e justificativas do Grupo Especial do carnaval 2017, a Liesa esclarece que:# em 11 de janeiro a Mocidade Independente de Padre Miguel enviou uma versão do livro Abre-Alas na qual cita a presença da destaque Camila Silva, descrevendo sua fantasia como “O esplendor dos sete mares”;

Em 31 de janeiro, data da realização do curso de julgadores para o quesito Enredo, os julgadores receberam esta versão impressa em preto e branco, bem como a digital colorida, para poder nortear e iniciar seu trabalho de pesquisa visando o julgamento a ser realizado por ocasião dos desfiles, conforme vem ocorrendo todos os anos;

Posteriormente, em uma segunda versão, a Mocidade Independente de Padre Miguel alterou o roteiro enviado inicialmente; na nova versão, Camila Silva já vem citada como rainha de bateria, com o figurino “Dona das Areias, Yemanjá”;

Como a versão final da Mocidade só chegou à Liesa após a realização da primeira etapa do curso de julgadores, pode ter havido uma falha de comunicação ocasionando a avaliação, pelo julgador, através de sua versão inicial, deixando de considerar o livro impresso entregue pela Liesa no dia do desfile;

Neste caso, analisando as justificativas do julgador Valmir Aleixo, depreende-se que o referido julgador utilizou a versão anterior, recebida no dia do curso de julgadores, com suas observações iniciais sobre o enredo de cada escola de samba.

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS