Áudio vaza e festival de boi-bumbá vira alvo da Justiça

Áudio vaza e festival de boi-bumbá vira alvo de apuração

Áudio vaza e festival de boi-bumbá vira alvo da Justiça

Foto: Divulgação

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Famoso palco de duelo de agremiações de boi-bumbá, o Festival de Parintins (AM) terminou semana passada, mas o resultado da 50ª edição pode se arrastar por meses.

Um dia após os jurados decretarem a vitória do Boi Caprichoso, o Ministério Público abriu investigação para apurar suposto uso indevido de dinheiro público investido na festa –o governo aplicou, neste ano, R$ 9,6 milhões.

A polêmica começou após vazamento de uma interceptação telefônica, cuja legalidade também entrou na mira da Promotoria, com a suposta negociação de compra de votos de jurados por diretores do Boi Caprichoso.

A disputa entre Caprichoso e Garantido ocorre desde 1966 e dura três noites em Parintins, a 368 km de Manaus.

 A festa atrai turistas de todas as partes, patrocínios públicos e privados e faz dobrar a população do município, hoje em 110 mil habitantes.

Os bois se apresentam no bumbódromo. As agremiações encenam rituais que exaltam o folclore amazônico –e até o comportamento das duas torcidas durante os espetáculos vale pontos.

O vazamento do áudio antes da decisão fez o Garantido pedir a anulação do festival, mas sem sucesso. Após o resultado, que deu ao Caprichoso seu 21º título, o Garantido (dono de 30 troféus) acionou o Ministério Público.

O caso corre sob sigilo. "Há muitos rumores na cidade, o caso envolve sentimento de paixão, e muitas pessoas não entendem nosso foco", disse o promotor Flávio Silveira.

O Garantido questiona, além da suposta negociação de suborno, uma nota máxima obtida pelo Caprichoso em uma apresentação que ocorreu de forma incompleta por causa da forte chuva.

"Só eles [jurados] podem explicar a nota. Talvez tenham se sensibilizado pelo esforço dos artistas", diz o presidente do Caprichoso, Joilto Azêdo, que questiona a legalidade da gravação e nega a compra de jurados.

Os integrantes do Caprichoso flagrados na conversa telefônica pertenciam, até o ano passado, ao boi rival.

"Estamos muito tranquilos, essas polêmicas são tradicionais, um perde, outro ganha", diz o líder do Caprichoso, queixando-se da "apelação" da agremiação rival.

Azêdo teme que a polêmica respingue nas próximas edições da tradicional festa.

A Folha procurou os diretores do Boi Garantido, que não quiseram se manifestar. Já o governo do Amazonas diz que as denúncias "não mancham a imagem do evento".

 

 

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