Em Porto Velho, adultos se juntam a crianças para trocar figurinhas da Copa

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A apenas 10 dias do início da Copa do Mundo, quando o Brasil estreia contra a Croácia, em São Paulo, na Arena Corinthians, a procura por figurinhas do álbum da Copa do Mundo fica cada vez mais intensa. Em Porto Velho, capital de Rondônia, alunos de uma escola de línguas se reuniram para completar o álbum oficial da Copa, no período que antecede o Mundial.

O clima é todo em “verde e amarelo”, e trocar figurinhas deixou de ser brincadeira de criança. Os colecionadores não são somente os pequenos. A procura pelos cromos dos craques é grande também entre os adultos, mulheres e até idosos. Muitos usando a desculpa de que estão comprando para os filhos. Marcus Herlanio, de 41 anos, pai de Marcus Vinicius, de 8 anos, entrou no clima da Copa.

 - Diferente de mim, ele (filho) não é muito chegado em futebol, então estou dando uma força aqui pra ele (risos). Quando era mais novo eu tinha os álbuns de figurinhas da Copa, mas o tempo foi passando e parei, agora que meu filho me pediu pra ajudar eu voltei às origens - disse.

Andrey Willian, 14 anos, e Hassen Goryeb, 13 anos, são praticamente primos. Cresceram juntos e em época de Copa, promovem uma competição sadia entre eles. O primeiro álbum de figurinhas foi na Copa da Alemanha (2006).

- Há três anos a gente compra o álbum. Eu sempre começo antes, mas o Andrey sempre termina de completar primeiro, virou tradição - disse Hassen, que confirmou ter gasto pelo menos R$300 em figurinhas este ano.

A iniciativa partiu da equipe pedagógica da escola e segundo o coordenador comercial, Ian Marcel, a ideia foi unir o útil ao agradável: aproveitar a Copa do Mundo, junto com a brincadeira, e aproximar os pais e filhos.

- A gente viu que os alunos estavam querendo e procurando por isso, então, anexamos uma ideia a outra, montamos a estrutura e o legal é que os pais, tios, primos, amigos participam - explicou Ian.

Andréa Minuto, mãe de Bernardo, não é diferente, aprovou a ideia, entrou na brincadeira e vestiu a camisa.

- No final quem acaba se divertindo, sou eu (risos) - brincou a mãe.

E, entre uma frase e outra, "Tem repetida aí?" é unanimidade. Por isso, Wagner Gualter, 41 anos, pai de Wagner Raynie, 8 anos, tratou logo de ir atrás das figurinhas para preencher o álbum. Ele confessa que gastou pelo menos R$350 reais e coleciona desde que tinha a idade do filho, em 1982. A torcida já está garantida, pela seleção e por Neymar.

- A gente torce pelo Brasil, e pelo Neymar. Seria legal ver mais uma final entre Brasil e Alemanha - completa o pai, sem largar o álbum da mão.

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