Foto: Divulgação
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A crise de Humaitá, para quem conhece a região, até que demorou a estourar. O clima de animosidade entre a comunidade branca e os índios vêm de longo tempo. Várias queixas têm sido feitas, há anos, contra a cobrança de pedágio pelos indígenas da região (alguns com valores exorbitantes), ameaças e até pessoas feridas e mortas, sem que qualquer medida tenha sido tomada. A explosão desta semana, portanto, não foi um fato isolado. Foi a gota d´água num copo que já havia transbordado há longo tempo. Surpreendeu sim a reação imediata da PM, Força Nacional e toda a estrutura de segurança contra a população, que começou a protestar com violência. Quando é o inverso, ou seja, quando as pessoas comuns são as vítimas, não é que a reação demore, porque simplesmente que ela não existe. Mas basta ter índios envolvidos ou áreas que as ONGs exigem que sejam intocadas, para que os brancos ou os invasores sejam tratados como inimigos de Estado, pelas forças de segurança. Os eventos recentes em Rio Pardo e agora em Humaitá deixaram isso muito claro. Se isso de tratar determinadas pessoas de um jeito e outras de outro totalmente diferente, em situações iguais, não é usar dois pesos e duas medidas, então, qual o nome que se pode da
Se a estrutura de segurança da região agisse com a mesma velocidade e presteza para combater os crimes contra as pessoas de bem (que estão desesperadas com tanta violência), certamente todos os rondonienses, os amazonenses, os acrianos, enfim, a população em peso desta área esquecida do Brasil estaria aplaudindo. Mas reação mesmo, parece só ocorrer quando o caso envolve minorias e ideologias. É bom que se registre isso, porque um dia as coisas podem mudar. As injustiças não são eternas, tem nos ensinado a História. È sempre bom lembrar disso...
UMA DÉCADA DA CHACINA
Há um exemplo claro do que se está dizendo. No próximo mês de abril se completarão 10 anos da chacina de Roosevelt, quando 27 garimpeiros foram trucidados pelos índios. Uma década. O inquérito da Polícia Federal indiciou uma centena de índios da etnia Cinta Larga e outras pessoas. NENHUMA foi denunciada pelo Ministério Público Federal à Justiça, até hoje. É como se as autoridades competentes dissessem: "se é invasor de área indígena, pode ser trucidado. Nada acontecerá aos assassinos". Há algum sentido de Justiça nisso?
UMA LIÇÃO AMBIENTAL
Há ações ambientais merecedoras de aplausos. Como as realizadas pela Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale). Há 15 anos, ela vem protegendo as tartarugas. Dias atrás, foram soltas nada menos do que 1 milhão e 830 mil, às margens do Rio Guaporé, em Costa Marques, numa área de mais de 12 quilômetros quadrados e foi acompanhada por fiscal do RankBrasil, que constatou o título de maior soltura de tartarugas à natureza na história recente do Brasil.
COMEÇA A REAÇÃO?
Com a sua popularidade em baixa, quase no chão, o prefeito Mauro Nazif disse que a reação já começou. Em algumas coisas, já melhorou sim. Vários bairros (pelo menos uma dúzia, dos bem populosos), já estão com iluminação pública 100% instalada. Depois, decidiu não aumentar o IPTU, sob o argumento, que ele usou com sinceridade, de que a população não deve pagar mais pelo que não recebeu. A compra de 30 milhões de reais em máquinas e equipamentos é o próximo passo. Nazif diz que o 2014 será bem melhor do que o 2013 que se vai...
PROMESSAS ESBURACADAS
A situação caótica da BR 425, da BR 364 até Guajará Mirim, tem sido motivo de muitos protestos das comunidades da região. Agora são os motoristas de táxi, ameaçando fechar a rodovia, até que ela seja recuperada pelo poder público. Ninguém mais tem saco para ouvir tanto discurso e promessas nunca cumpridas. Se isso contasse, a 425 já teria sido recuperada, asfaltada e melhorada pelo menos uma dezena de vezes. Está cada vez pior. Os buracos são tantos quanto o são as promessas vazias dos políticos. Lamentável!
CUIDADO REDOBRADO
Para não se dizer depois de que não foi feito o alerta em seu devido tempo, ou seja, bem antes do evento ocorrer. É vital que a prefeitura da Capital e as forças se segurança preparem um plano de segurança muito especial para a festa de virada de ano na Praça Madeira Mamoré. Noventa e nove por cento das pessoas que lá irão, querem se divertir e3 comemorar. O problema é o um por cento de marginais, que já andam marcando brigas pelas redes sociais. Esses poucos têm que entrar o 2014 na cadeia.
RIOS CHEIOS
Tanto em Porto Velho quanto em Ji-Paraná, as equipes da defesa civil já estão se preparando para o pior. As violentas chuvas dos últimas dias, que tendem a aumentar ainda até pelo menos o final de janeiro, podem trazer uma enchente muito grande, tanto no rio Madeira como no rio Machado. Se o problema já começa a ser notado agora, imagine-se com mais um mês inteiro (se não for dois, dependendo da tendência das chuvas em fevereiro), o que poderá acontecer. Os ribeirinhos e os que vivem até menos próximos aos rios, nas duas, cidades, sabem o risco que estão correndo desde agora.
PERGUNTINHA
Quem poderia imaginar que em pleno século 21 teríamos, no Brasil, confrontos entre brancos e índios, como se estivéssemos no Oeste americano do século 19?
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