Polícia investiga “grampolândia clandestina” da própria polícia

Polícia investiga “grampolândia clandestina” da própria polícia

Foto: Divulgação

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Polícia investiga “grampolândia clandestina” da própria polícia

Na fila

O senador Valdir Raupp é o próximo político de Rondônia a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e isso não deve demorar muito para acontecer. Réu na ação penal 358, um calhamaço de 2.957 páginas, o presidente nacional da maior legenda do país pode ser preso por crimes de peculato e gestão fraudulenta contra instituição financeira (o combalido Beron). Em 2002 Raupp foi condenado pelo juiz Francisco Borges a perda de mandato e a 6 anos de reclusão e 300 dias de multa. Com sua eleição para o Senado, a ação seguiu para o STF.

Saque

Segundo a denúncia do Ministério Público, Raupp é “co-autor” de um esquema que desviou de R$ 2,7 milhões de dinheiro público, quando era governador de Rondônia na década de 90, para abastecer donos de grupos de comunicação local em troca de apoio. O principal beneficiário do “mensalinho” foi o empresário e ex-senador Mário Calixto Filho, dono de empresas de comunicação. Segundo o Ministério Público, “feito malta, saquearam o Estado”.

Resta saber

Se o STF vai aplicar dosimetrias pesadas para Raupp, como foi feito com Ivo Cassol e Natan Donadon.

E tem mais

Antes de 2013 terminar, devem estar cumprindo pena em presídios estaduais Kaká Mendonça, Haroldo Santos, Ellen Ruth, Daniel Neri (marido da deputada Glaucione), Carlão de Oliveira e Ronilton Capixaba. À exceção de Kaká, que está deputado, os demais foram deputados indiciados pela Polícia Federal na Operação Dominó (2006). Eles já foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tiveram os recursos negados, ou seja, as sentenças aplicadas aqui foram mantidas.

Perfil

Se concretizadas essas prisões, o perfil da população carcerária de Rondônia vai ser bem diferente do restante do país. Seremos o único Estado a ter um deputado federal, um monte de ex-deputados estaduais e até senadores cumprindo penas, sejam em regime fechado, aberto e semiaberto.

Desiludidos

Com a condenação de Ivo Cassol pelo Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira, 8, a família Cassol se reuniu e decidiram deixar a vida pública. Jaqueline Cassol, irmã do senador, que havia recentemente assumido a presidência do Partido da República em Rondônia informou que ficou “desiludida” politicamente e está em uma fase que prefere “paz e harmonia” com sua família. Já Cassol declarou que independente do resultado de seus recursos, ele também vai se afastar da vida pública. Com isso, resta apenas César Cassol, prefeito de Rolim de Moura que, segundo os habitantes da cidade, não anda muito empolgado com a função.

Pelo visto

A família inteira deverá pendurar o chapéu. É lógico que esse processo deverá ser lento e dolorido, afinal o italiano não esperava por esse baque. A condenação de Cassol se deu por que ele, segundo a denúncia do Ministério Público, favoreceu empresas de seus familiares, mas as obras foram feitas e dentro dos preços estipulados pelo mercado à época. E esse é o principal motivo da revolta do senador. Para ele, o que vale é que foi feito.

Expansão

Sabe ali onde ficava a madeireira no Porto Velho Shopping? Acabou. O local vai se tornar estacionamento. Foi feito um contrato de 10 anos com o proprietário.

Coisa séria

Em andamento no 1º DP de Porto Velho um inquérito que apura a inserção de números de telefones na Operação Hidra de Lerna sem autorização judicial, ou seja, grampos ilegais. As investigações apuram de onde partiu e quem executou a ordem de inserir os números. Autoridades tiveram suas linhas grampeadas clandestinamente e isso vai dar muita dor de cabeça aos responsáveis.

Modus

Funciona assim: uma operação legal em andamento com um determinado número de linhas grampeadas, devidamente autorizadas pela justiça. Em determinado momento, alguém insere no sistema um outro número, afirmando se tratar de um “investigado”. O problema é que tudo tem que ser feito por escrito, já que a autorização tem que ser dada por um magistrado. Traduzindo, além de fazer escuta clandestina ainda induz a justiça a erro.

Guilhotina

É óbvio que cabeças vão rolar por causa dessa história e parte dessa responsabilidade deverá ser dividida com o Ministério Público, responsável por fiscalizar a lei e auditar o sistema Guardião, usado pelas autoridades policiais para realização de escutas telefônicas. Isso não estava sendo feito. Um delegado, responsável por determinada investigação detectou anomalias e para “tirar o dele” da reta, registrou boletim de ocorrência. Resta saber quem eram os grampeados.

Baianada

Em 2003 foi descoberto na Bahia que 190 linhas telefônicas haviam sido grampeadas ilegalmente a mando do falecido senador Antônio Carlos Magalhães. Até sua ex-namorada estava na lista dos grampeados. O caso ganhou as páginas da imprensa nacional e descobriu-se que um delegado apresentou nada menos que 379 pedidos de quebra de sigilo telefônico, envolvendo 190 números diferentes – e, de todos os números identificados nenhum tinha ligação alguma com o seqüestro no interior da Bahia, que era o alvo da investigação na época. O caso foi investigado pela Polícia Federal, após o então deputado Geddel Vieira Lima fazer denúncia.

Por aqui

Se de fato esse tipo de coisa estiver acontecendo muita gente vai ter que dar explicações. Oficialmente em Rondônia existem três equipamentos com o sistema Guardião, o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Federal. É muito grampo para pouco telefone.

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Promessa de vacina inédita contra malária

Os primeiros testes clínicos com uma vacina experimental contra a malária foram bem sucedidos, segundo uma publicação na revista “Science”. Além de seguro, eles geraram uma resposta do sistema imune e ofereceram proteção contra a infecção em adultos sadios, de até 90%. O imunizante, conhecido como PfSPZ, foi desenvolvimento por cientistas da companhia Sanaria, de Rockville, nos Estados Unidos. Os próximos testes ocorrerão na África. A avaliação clínica foi conduzida por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA. A malária é transmitida a humanos pela picada do mosquito infectado. O parasita, num estágio ainda imaturo, chamado esporozoíto, circula pelo fígado, onde se multiplica, e então se espalha pela corrente sanguínea, quando os sintomas se manifestam. A vacina é composta de esporozoítos enfraquecidos da espécie Plasmodium falciparum, o mais mortal dos parasitas causadores da malária. De acordo com os últimos números da Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorreram 219 milhões de casos de malária em todo o mundo em 2010, com cerca de 660 mil mortes. A doença é uma das maiores assassinas do mundo, sobretudo na África.

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