A Polícia Civil de Rondônia deflagrou uma operação na manhã desta segunda-feira (7), que impediu uma empresa, apontada como suspeita de praticar desvio de dinheiro público destinado para a instalação de leitos para atender pacientes infectados pela COVID-19, de aplicar um golpe na população da cidade rondoniense de Ji-Paraná.
Denominada Ultramed, a empresa já havia sido notificada publicamente pelo Ministério Público do Mato Grosso sobre a suspeita de ter fraudado uma licitação de R$ 4,032 milhões da prefeitura de Cuiabá, onde um dos sócios é membro da Comissão Emergencial de Processo Administrativo.
Mesmo assim, o prefeito de Ji-Paraná, Isaú Fonseca, meses depois decidiu firmar um contrato aos mesmos moldes do que foi realizado em Cuiabá (MT) com a Ultramed, o valor do serviço era de R$ 37 milhões.
O contrato realizado sem licitação por conta da pandemia virou alvo de denúncia na imprensa estadual, muito se estranhou o motivo de Isaú Fonseca assinar a licitação mesmo ciente da suspeita.
Vale ressaltar que o MP do Mato Grosso também havia deixado claro que a Ultramed não possuía sede ou permissão registrada de atividade econômica para a aquisição de medicamentos ou serviços de terapia intensiva.
Nenhum desses fatos apontados contra a Ultramed no Mato Grosso, além de suspeitas das mesmas práticas no estado do Paraná e Santa Catarina foram consideradas por Isaú Fonseca.
Com a deflagração da operação policial foram afastados o Procurador Geral de Ji-Paraná, o presidente da Comissão Permanente e o secretário Municipal de Saúde. O prefeito Isaú Fonseca que assinou o contrato permanece no cargo.