ABANDONO: Nunca a população de PVH esteve tão desamparada quanto na gestão Hildon Chaves

Prefeito não tem competência administrativa, não sabe montar equipe e a população é quem paga a conta

ABANDONO: Nunca a população de PVH esteve tão desamparada quanto na gestão Hildon Chaves

Foto: Divulgação

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Por Alan Alex

 

Porto Velho vive dias sombrios. Vaidade, arrogância, prepotência e falta de habilidade política é a marca registrada da gestão Hildon Chaves. O 49º prefeito de Porto Velho, natural de Recife (PE) comprovou que seu slogan de campanha não passava de balela, engodo mesmo. O “deixa eu cuidar de você, Porto Velho”, não passou de uma simples frase de efeito, que iludiu 148.673 eleitores no segundo turno das eleições de 2016. E vai entrar para a história como um meme, daqueles que viralizam e depois caem no esquecimento.

 

No primeiro ano de sua gestão, qualquer crítica era “culpa do Léo Moraes que não desceu do palanque”. Usou isso durante todo o ano de 2017. Curiosamente naquele ano a bancada federal havia liberado R$ 130 milhões para obras de pavimentação em Porto Velho, que resolveriam em grande parte o problema do transporte público, já que uma das principais queixas do consórcio SIM, é a péssima condição das ruas, buracos, lama, trechos longos e tarifa baixa. Estamos em 2019 e até hoje Hildon Chaves não conseguiu executar as obras.

 

O setor colapsou. Quem vive na região central da cidade não tem a menor idéia do quanto sofrem os moradores da periferia com transporte público, e isso acontece simplesmente pela falta de habilidade do atual prefeito em administrar uma situação que é gravíssima. Porto Velho é a única capital do país que tem um sistema de transporte capenga, ineficiente e deficitário. Milhares de pessoas dependem de ônibus. É um transporte barato, seguro e ajuda a desafogar o trânsito. Com a rede deficiente, a população precisa migrar para o transporte alternativo, e aí temos a proliferação de mototáxi, motoristas de aplicativos e claro, os métodos piratas. A prefeitura apertou a fiscalização sobre o transporte alternativo, mas não melhorou em nada o tradicional.

 

Hildon Chaves e sua equipe não tem competência para fazer um processo licitatório, que deveria ser feito em lotes, ao invés de uma concessão única. Empresas poderiam atender por setor, e tem várias empresas pequenas que entrariam no pacote, como é feito em várias capitais. Se um modelo não dá certo, há que se tentar outro, o que não pode é deixar a população largada à própria sorte.

 

Durante a madrugada desta quarta-feira, os proprietários da empresa Amazontur, que compõe o consórcio SIM tentaram levar os ônibus que estavam estacionados no pátio do consórcio. Iam literalmente dar o cano na população. Um batalhão de motoristas de outros estados chegou e já estavam tirando os veículos quando foram impedidos por representantes do sindicato dos motoristas e cobradores. O sindicato marcou para a manhã de sábado uma assembléia extraordinária para tratar do assunto. Os sindicalistas já sabem que a empresa vai embora, mas o prefeito está em Brasília e parece (ou finge parecer) que não sabe de nada.

 

Hildon Chaves também não teve competência para resolver a questão do transporte escolar das crianças que vivem na região ribeirinha e são atendidos pelo município. Uma série de lambanças foram cometidas contra a empresa que faz esse transporte. Os proprietários chegaram a ser presos, assim como o então secretário de educação do município. Haviam “suspeitas de fraude” no contrato. Só que tem um problema, a empresa é a única que consegue atender a municipalidade e o prefeito, ao invés de sentar e buscar um meio termo, preferiu fazer um show midiático e as crianças perderam o ano letivo. Perderam mesmo, não vai haver reposição das aulas.

 

A pergunta que deve ser feita é, onde anda o Ministério Público que até hoje não apresentou uma denúncia sequer contra o prefeito? Se Hildon Chaves fosse um mortal comum, certamente estaria encalacrado com processos, inquéritos, mandados de buscas e talvez até pedidos de afastamento. A conclusão que chegamos é que sua blindagem se deve ao fato de ser um ex-membro do Parquet. Não se trata de uma conclusão leviana, e sim do que as aparências revelam. No passado tivemos um radialista acusando promotores de terem suas esposas empregadas em altos escalões da municipalidade. Não sei, não fui atrás, mas a denúncia é gravíssima pois compromete qualquer tipo de medida do MP contra o município.

 

As elites se protegem, isso é uma verdade desde que passamos a viver em sociedade. Porém os tempos são outros. Enquanto o prefeito e a primeira dama estapeiam à cara da população com festas de casamentos em Miami, férias na Europa e eventos sociais, o portovelhense sofre as consequências de ter confiado, mais uma vez no discurso elitista. É preciso que alguém tome uma providência urgente contra Hildon Chaves. Seja uma ação popular, seja a vara da infância e juventude, seja a Câmara Municipal.

 

O ano letivo está começando. E as crianças da região ribeirinha seguem sem transporte. Até hoje a prefeitura não resolveu a questão. Vai ter que contratar a mesma empresa, afinal só tem ela. E eles vão colocar o preço que quiserem.

 

E Hildon Chaves vai se levantar no meio da discussão e talvez vá para Fiji, afinal, esses problemas cansam e como empresário de sucesso, ele precisa relaxar um pouco.

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