ESPAÇO ABERTO: Prefeitura sem rumo na questão que envolve transporte coletivo

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ESPAÇO ABERTO: Prefeitura sem rumo na questão que envolve transporte coletivo

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A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo durou três dias e terminou como começou. A categoria continua sem o vale refeição e a cesta básica que eram as principais reinvindicações no momento. Decidiram voltar ao trabalho após alerta do desembargador Shikou Sadahiro na audiência de conciliação ocorrida na sede do TRT ( Tribunal Regional do Trabalho ) na manhã desta quarta-feira (23). O desembargador disse que há uma decisão judicial determinando a manutenção de uma frota mínima nas ruas e que o não cumprimento prevê multa diária de 200 mil reais. De acordo com o desembargador a decisão vale também para o Consórcio SIM que é o responsável pela manutenção da frota nas ruas.

 

 

Shikou Sadahiro Desembargador

 

 

 

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A possibilidade da justiça cobrar a multa acabou fazendo a categoria retornar às atividades e buscar outra alternativa, que seria a própria justiça, para fazer cumprir o acordo coletivo de trabalho que prevê o pagamento de alguns benefícios entre eles cesta básica e vale refeição. No entanto, a própria direção sindical admite que a situação pode se agravar se Prefeitura e Consórcio SIM continuarem sem uma definição para a questão do transporte coletivo.

 

 

Audiência no TRT

 

 

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Assim que a reunião começou no TRT,  o juiz Osmar João Barneze procurou deixar claro que no entendimento dele a audiência nada tinha a ver com questão trabalhista. Dr Barneze disse que a causa mais parecia uma revisão de contrato de natureza civil. Não estava errado. Durante as discussões ficou bem claro o embrólio envolvendo Prefeitura e Consórcio Sim. A prefeitura diz que vem cumprindo com várias exigências que teriam sido feitas pelo SIM enquanto que os empresários estariam preferindo tumultuar o Sistema. Por outro lado, os representantes do SIM alegam que desde o início de 2017 a prefeitura vem fazendo promessas e não cumprindo nenhuma delas.

 

Juíz Osmar João Barneze

 

 

 


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Durante a audiência a Diretora Geral do Consórcio SIM, Lediana Guedin Lopes, apresentou aos juízes do TRT e ao sindicato uma planilha comprovando que o Consórcio não tem mais condições de manter o sistema. De acordo com Lediana, a receita da empresa gira em torno de 2 milhões e 300 mil mês enquanto que as despesas passariam dos 4 milhões e meio por mês. Ela disse que o acordo firmado com o município, no fim de 2016,  previa o transporte de 90 mil pessoas por mês e que atualmente pouco mais de 60 mil pessoas utilizam transporte coletivo. Boa parte dessa queda teria ocorrido por conta da liberação de taxis compartilhados e motoristas de aplicativos. 

 

 

Lediana Guedin Lopes Diretora do Consorcio Sim

 

 


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Em dado momento da audiência Lediana Lopes não conseguiu segurar as lagrimas ao afirmar que quando chega o fim do mês não consegue fechar as contas. Afirmou que em junho do ano passado o Consórcio deixou claro para a prefeitura que não queria mais operar o sistema. O problema, de acordo com a diretora do SIM, é que ninguém quer vir para Porto Velho manter uma negócio que não tem o mínimo de garantia e apoio do poder público.   

 

 

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Quando ficou claro que não haveria solução para o impasse e poderia ocorrer uma demissão em massa dos trabalhadores já que o Consórcio SIM sairia do sistema, o prefeito foi chamado. Hildon Chaves ouviu os argumentos dos representantes do Sitetuperon e do SIM e depois falou que a prefeitura sempre atendeu da melhor maneira possível as exigências do Consórcio. Disse que aumentou a tarifa dos ônibus de R$ 3,00 para R$ 3,80 a pedido do Sim e que agora já determinou o reajuste da tarifa estudantil para 50% do valor normal da passagem. A tarifa estudantil foi reduzida para R$ 1,00 em julho de 2017 quando houve um acordo entre representantes da classe estudantil, consórcio SIM e prefeitura. Durante a audiência, o prefeito acusou o SIM de estar manipulando a categoria para pressionar a prefeitura. Tanto os representantes do Sitetuperon como os do consórcio SIM dizem que isso é um absurdo.

 

 

Prefeito de Porto Velho Hildon Chaves

 

 

 

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Durante a audiência no TRT houve um momento em que o prefeito falou sobre transporte clandestino na capital e citou que os táxis compartilhados, por exemplo, são piratas. Disse que a prefeitura vai agir com rigor para quem está fazendo esse tipo de transporte. Duas horas após a fala do prefeito, cerca de 50 motoristas de táxis compartilhados foram até a Secretaria Municipal de Trânsito (SEMTRAN) cobrar explicações sobre a manifestação de Hildon. Ouviram do secretário Nilton Kisner que todo o taxista que for pego circulando com uma faixa de compartilhado vai ser multado e ter o carro apreendido. Segundo o secretário não há nada que regulamente esse tipo de serviço na capital.

 

 

Secretário Nilton Kisner

 

 

 

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