A pergunta que a população rondoniense se faz, nos dias que antecedem a eleição para o governo de Rondônia, quando um cidadão deixará (ou não) o poder e o seu substituto, legalmente eleito pelo segmento votante assumirá, democraticamente, o seu lugar, é quanto à forma a ser utilizada pela equipe administrativa do novo governo para alcançar o tão sonhado desenvolvimento econômico e social.
A autoridade e a competência, tanto quanto a disciplina e o bom exemplo são componentes indispensáveis para devolver ao estado de Rondônia um mínimo de estabilidade e de equilíbrio. Mas, engana-se, redondamente, que espera que tudo seja feito num passe de mágica. Isso é utopia. Não faz o menor sentido.
O povo, na sua sabedoria e longa experiência de vida, onde não faltam episódios fartos de decepções, sabe perfeitamente que o sucesso maior ou menor de um governante reside, em parte, na equipe de auxiliares com a qual ele se cerca. É da composição desse quadro de colaboradores que advém, em maior ou menor dose, o grau de confiabilidade que uma administração pode dispor diante da opinião pública. O que explica o receio de setores da sociedade com relação a certas figurinhas carimbadas que acompanham o candidato Confúcio Moura.
A esperança geral, no entanto, independente de quem seja o comandante-em-chefe do estado, a partir de janeiro próximo, é a de que surjam nomes novos, provados e comprovados na dura luta contra as dificuldades cíclicas pelas quais o estado tem passado. Venham eles, do setor público, ou mesmo pertençam aos quadros da iniciativa privada. O que o povo rondoniense deseja ver cercado a mais alta autoridade estadual e fornecendo, assim, pela própria indução de suas presenças, uma sensação geral de confiança e apoio aos projetos e propostas, são homens cuja vida pregressa, antiga ou recente, seja demonstrativa de sua capacidade, da sua honradez e da sua honestidade. Não esqueçamos, pois, dos escândalos da CERON e do BERON.
Greve dos bancários
Das mais justas a greve dos bancários. Nenhum segmento da sociedade brasileira tem se dado tão bem no mundo dos negócios quanto os banqueiros. Agora, quando se trata de pagar salários decentes e oferecer condições dignas de trabalho àqueles que contribuem para aumentar o patrimônio dessa gente, aí, então, nunca há dinheiro.
Em tempos idos, o petismo deitava o relho nos costados dos donos de bancos, chamando-os de “elite dominante”. Hoje, o presidente Lula, sem nenhum pejo, tece loas aos ricaços. Para ele, banqueiro falido é problema para o país. E os trabalhadores que se danem!
Ainda que o reflexo do movimento paredista venha causando desconforto à sociedade, interferindo, diretamente, no seu dia a dia, não se pode negar aos bancários o exercício do direito de greve.
Afinal, ela é um instrumento de negociação laboral, essencial à vida democrática. A greve, no entanto, não pode ganhar o sentido agressivo de simples mecanismo de luta de classe, completamente contrário ao espírito do regime, o que, em tese, não se aplica aos bancários.