Questão de honra - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Segundo Cícero, não basta à mulher de César ser honesta, ela precisa parecer honesta. A qualquer homem público, ao tributo da honestidade há que se ajuntar à aparência de honesto. Sem isso, portanto, dificilmente suas palavras e atos merecerão credibilidade. Trazida para o campo estadual, mais precisamente para a seara da Assembléia Legislativa de Rondônia, a frase do orador romano cai como uma luva. Acusado por um ex-cabo eleitoral de se apropriar de parte de seu salário, o deputado petista professor Dantas tem repisado frases feitas para tentar provar sua inocência. Em vão. A própria cúpula do PT já teria resolvido entregar o “companheiro” ao carrasco para ser sacrificado. Os que antes o bajulavam, hoje, querem vê-lo pelas costas, execrado do mapa político-partidário. De Ouro Preto, base eleitoral de Dantas (pelos menos até antes do escândalo), chega informações de que a situação do parlamentar não é das mais confortáveis junto à população, exceto no conceito dos fantasmas que ele manteria em seu gabinete. Até agora, porém, cerca de vinte dias depois que pipocou o escândalo da folha paralela 2, a corregedoria-geral da ALE, órgão encarregado de investigar um dos deputados, ainda não decidiu o que fazer. E, pelo andar da carruagem, vai continuar empurrando o caso com a barriga sabe-se lá até quando. Na verdade, as coisas chegaram ao ponto em que estão, em grande parte, devido à ação irresponsável de pessoas que (agora se pode suspeitar) têm algo a esconder. E o fazem, prevalecendo-se da perspectiva de que, uma vez eventualmente envolvidos outros tantos colegas, como aconteceu em passado não muito distante, os resultados finais acabarão na vala comum do esquecimento. Confundem, assim, seus interesses mesquinhos e fisiológicos com os da sociedade e do parlamento. Por isso, quanto mais celeumas causarem, quanto mais anuviarem fatos que, cada vez mais, se vêm tornando cristalinos, mais protegidos se sentem. E aí onde mora o perigo. Fingir tranqüilidade ou superioridade é o tipo de conduta que não ajuda em absolutamente nada na resolução do problema. Nesse sentido, precisa o deputado fazer tudo o que estiver ao seu alcance, para mostrar a injustiça que contra ele ter-se-ia cometido. Dantas insiste em dizer que é inocente. Em assim sendo, o mínimo que se deseja dele é que ajude a esclarecer os fatos e concorra para que se não paire nenhuma suspeita quanto ao seu nome e, de resto, quanto ao seu mandato, já que, dificilmente, livrar-se-á de uma severa e rigorosa punição por parte do partido ao qual pertence. Ou não? O problema é que ninguém parece acreditar na inocência do petista. Mesmo suas indignadas afirmações, quando raramente aparece diante das câmeras de televisão, ou suas determinações de que tudo seja apurado, acabam caindo no vazio. Resta-lhe, então, preservar, sobretudo, o interesse comum. Cabe-lhe, nesta hora difícil, mostrar-se disposto a, principalmente, contribuir para que sejam restaurados alguns valores morais que de há muito vêm sendo sacrificados por certos representantes da população (?) com assento no “Poder do Povo”.
Direito ao esquecimento

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