Foram condenados os três acusados do crime de execução a tiros de Siméria Felício.
Laci Rigotti, acusado de encomendar a morte da esposa, José Sinis Figueiredo (Zezinho) e Norival Retameiro de Souza Filho (Nenem), acusados de executarem a vitima mediante contrato firmado com o marido, foram presos na época depois de um trabalho intenso de investigação da 10ª DP, sob o comando do delegado titular Daniel Braga.
Durante dois dias de julgamento em Porto Velho (RO) nesta semana, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve as condenações dos três réus pelo crime de feminicídio contra Siméria Felício.
A mulher foi assassinada no dia 11 de setembro de 2021, na Vila da Penha, Zona da Mata, distrito de Abunã. A vítima deixou três filhas.
O mandante do crime foi condenado à pena de 22 (vinte e dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe e mediante dissimulação. Já os dois executores foram condenados a penas de 20 (vinte) e 18 (dezoito) anos de reclusão, respectivamente. A sentença foi proferida durante a noite de quinta-feira (22/6).
De acordo com a Promotora de Justiça Tâmera Padoin Marques Marin, a vítima convivia em união estável com mandante e a motivação do crime seria porque ela desejava a separação, mas o homem não queria dividir os bens.
Conforme as investigações, a vítima foi morta com três tiros na cabeça durante uma emboscada em um matagal na propriedade do casal. A Promotora de Justiça argumentou que o então companheiro da vítima tinha a clara intenção de executar a esposa.
O crime foi cometido em um contexto de violência doméstica e familiar, sem chance de defesa da vítima, com o agravante de dissimulação do acusado ao cooptar os executores, atrair a esposa para a emboscada e posteriormente informar um suposto latrocínio na tentativa de encobrir o crime.
O julgamento começou na quarta-feira (21/6) e terminou na quinta-feira (22/6) no 1º Tribunal do Júri da capital. O júri foi presidido pelo Juiz Áureo Virgílio Queiroz.
Durante a leitura da sentença o Juiz informou que a forma da execução demonstrou que o crime foi planejado às escondidas, simulando um assalto.
“As consequências do crime são devastadoras para as 3 (três) filhas da vítima que não terão mais a mãe para lhes dar amor, carinho e educação. O comportamento da vítima era de defesa, ou seja, nada contribuiu para o crime”, consta na sentença.