Negociações no Urso Branco estão paralisadas e “Birrinha” pode voltar para Nova Mamoré
*A rebelião no Urso Branco que iniciou às 17h00 de domingo, quando familiares dos apenados estavam visitando e espontaneamente se fizeram reféns, prossegue no quarto dia sem previsão de término depois das últimas negociações, que teve o seu ápice ontem (27) quando as exigências reivindicadas pelos amotinados foram acatadas pela comissão.
*Em entrevista coletiva agora pela manhã o secretário de segurança, Renato Eduardo dos Santos, disse que as negociações foram paralisadas na terça-feira, às 21h00, pois não houve resposta da comissão dos apenados que negociam o fim da rebelião, com isso até o elemento “Birrinha”, estopim de toda a confusão, pode voltar para o presídio de segurança máxima de Nova Mamoré, já que o mesmo não acarretou qualquer mudança nas negociações com os amotinados.
*De acordo com ele, todas as reivindicações imediatas e exigidas pelos apenados foram cumpridas, inclusive a presença da imprensa dentro do presídio – fato esse que acabou irritando os profissionais que se sentiram lesados, pois não tiveram acesso a nenhuma informação nova ou mesmo “privilégio” de destacar uma ou outra imagem mas relevante no local -.
*O secretário disse que as autoridades ficaram aguardando até às 21h00 de ontem alguma posição dos amotinados, como não foi estabelecido nenhum contato mais, o fato acabou gerando desconfiança quanto a real intenção dos presos, que, segundo ele, podem estar intencionados em debelar uma fuga em massa através de túneis.
*Quanto a essa questão Renato Eduardo disse que providências já foram tomadas com o uso de dois rolos compressores em volta dos muros do presídio para detectar qualquer túnel, e outros equipamentos – que ele não determinou quais eram – também estarão sendo utilizados para reprimir qualquer intenção de fuga.
*Com a paralisação das negociações, a Comissão de Direitos Humanos da OAB, assim como representantes do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), entre eles a ouvidora Carla Polaine e o diretor Maurício Kuehner, que vieram especialmente à Rondônia para acompanhar de perto o desenrolar da situação dentro do presídio Urso Branco, e o secretário executivo da SEAPEN, Juarez Barreto Macedo Jr. Estão reunidos e analisando as ações que serão tomadas daqui pra frente em relação as negociações com os presos rebelados.
*O secretário disse que a prioridade é garantir a integridade dos reféns e que o motim termine de forma pacífica, ainda que não haja previsão para o seu término.