Grupo Gay de Rondônia denuncia Policiais Militares por abuso

A coordenadora de transgêneros e transexuais do GGR, apresentou pessoalmente à comandante da PM ofício em que é manifestada a “indignação pela forma como estão sendo conduzidas as abordagens policiais

Grupo Gay de Rondônia denuncia Policiais Militares por abuso

Foto: Divulgação

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*O bate-boca que vem tomando conta do noticiário policial de Porto Velho, envolvendo travestis e policiais militares, está com os dias contados. Pelo menos se a Polícia Militar e o Grupo Gay de Rondônia (GGR) – entidade que congrega gays, lésbicas e os chamados transgêneros (travestis e transexuais) – acatarem as sugestões mutuamente recebidas durante o encontro mantido na manhã dessa terça-feira entre a comandante geral da PM, Coronel Angelina, e representantes do GGR e do Serviço Proteção e Defesa dos Direitos das Vítimas de Abusos, Omissões e Atos Ilícitos de Qualquer Natureza (Pró-Vítima), mantido pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Direito e Justiça. *Falando em nome do Grupo Gay de Rondônia, o presidente da entidade, Hélio Costa, acompanhado da travesti Dudu Xavier, representante da Associação Nacional das Transgêneros (Antra) e coordenadora de transgêneros e transexuais do GGR, apresentou pessoalmente à comandante da PM ofício em que é manifestada a “indignação pela forma como estão sendo conduzidas as abordagens policiais”, em face do desrespeito a que os travestis são submetidos perante o público, com torturas psicológicas configuradas por, dentre outras coisas, a utilização de termos chulos. *Conforme consta no documento, esse comportamento dos policiais militares impulsiona e incentiva o preconceito e a violência contra todos os cidadãos que têm orientação homossexual. Segundo Hélio Costa, é preciso identificar quem de fato comete delitos. Se o fato for confirmado, então que a Justiça julgue e determine as penalidades previstas em lei. O que não pode haver, diz ele, é um tratamento degradante e discriminatório, como se todos os travestis que recorrem à prostituição para sobreviver fossem delinqüentes. *A comandante da Polícia Militar manifestou no encontro e reiterou por meio de ofício encaminhado no mesmo dia ao GGR sua preocupação quanto ao assunto, afirmando que tais condutas não coadunam as diretrizes da corporação. Outrossim, solicitou que o GGR mobilize as pessoas que foram vítima de abusos por parte de policiais militares para que formalizem as denúncias junto à Corregedoria, para que, colhido o depoimento das vítimas e identificados os autores, uma vez comprovados os fatos, sejam tomadas as medidas punitivas. *A coronel Angelina observou, ainda, que a PM tem programas específicos de direitos humanos. E que tais condutas atentam contra os regulamentos da Polícia Militar. “A corporação não se omite diante das denúncias recebidas, mas apura os fatos e, confirmada a transgressão, aplica as sanções previstas em lei”, afirmou a comandante geral. *Hélio Costa elogiou o interesse da Coronel Angelina em solucionar e problema e sugeriu que a PM, ao realizar blitz no local em que os travestis fazem ponto, filme as cenas que diz acontecerem, de forma que se identifique quem são os elementos que estão incorrendo em comportamento ofensivo ao público, bem como se dê caráter incontestável às acusações. *Pois, segundo afirma Dudu Xavier, o que tem ocorrido é que os policiais militares recolhem para a Central de Polícia travestis sob a acusação de transitarem desnudos, exibindo nádegas e outras partes íntimas, quando muitos deles jamais poderiam cometer esse tipo de ilícito: “Eu mesmo conheço duas travestis que foram acusadas de mostrar as nádegas, mas que jamais fariam isso, pois elas são magérrimas e ficam com formas atraentes só no truque, com enchimento de espuma por baixo da calça de lycra; como é que elas iam ficar nuas para atrair clientes?”.
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