Amazonas - Superintendência da Polícia Federal do Amazonas abriga presos em condições subumanas

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Foto: Divulgação

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Presos que deveriam passar apenas algumas horas na carceragem da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas (PF), superlotam celas improvisadas, transformando a sede policial numa espécie de penitenciária. Segundo o delegado Geraldo Scarpellini, corregedor da Polícia Federal no Amazonas, três carceragens estão com superlotação. Ele disse ainda que as celas improvisadas contam atualmente com 39 presos, em locais onde deveriam estar apenas 6 pessoas. Comissão de Direitos Humanos No mês passado, os deputados Luís Castro (PPS), Ângelus Figueiras (PV) e Wallace Souza (PP), membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Amazonas (ALE), constataram graves problemas durante visita realizada à sede da Polícia Federal. As péssimas condições encontradas, fizeram com que os deputados, encaminhassem um ofício à Procuradoria Regional da República, no Amazonas. No documento entregue por eles, relatos da situação encontrada: " Infiltrações nas dependências da carceragem, torna o ambiente úmido e quente. Há falta de ventilação no local, tornando-o fétido e impróprio para a saúde" . Durante a visita, os parlamentares constataram ainda que o banho de sol garantido por lei não está sendo respeitado. Coronel preso apresenta problemas de saúde O coronel Felipe Arce Rio Branco, preso na "Operação Centurião", em novembro de 2005, encarcerado numa sala administrativa de tamanho reduzido, sofre de sérios problemas de saúde. O local onde está, não possui entrada de ar e nem iluminação natural. Devido a esses fatores, Rio Branco desenvolveu quadro de vitiligo, artrite, além de ter agravado problemas de diabete e nervosismo. " É um absurdo manter uma pessoa doente nessas condições", declarou o deputado Luís Castro. Informações da Corregedoria O Corregedor da PF, delegado Geraldo Scarpellini, confirma as condições descritas pelos deputados, mas diz que os presos só estão no local por decisões judiciais. Ele disse ainda que dos 39 presos que hoje estão na cela da PF-AM, 22 são presos condenados que deveriam estar em outros presídios da capital, mas correriam risco de morte se fossem transferidos. "Estamos conversando e explicando aos juízes da necessidade de tirarmos parte desses presos das celas, pois a PF não é penitenciária, explicou. Apesar dos problemas, os parlamentares da Comissão de Direitos Humanos isentaram de culpa a cúpula da PF-AM pela falta de estrutura da carceragem.O problema, segundo eles, decorre da limitação financeira e da falta de decisão por parte do Ministério da Justiça. A permanência dos presos no local está além do permitido pela Constituição Federal.
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