Julgamento de acusados de matar advogado entra no terceiro dia

Julgamento de acusados de matar advogado em Cacoal entra no terceiro dia

Julgamento de acusados de matar advogado entra no terceiro dia

Foto: Divulgação

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Longos depoimentos e acaloradas discussões marcaram o segundo dia do julgamento dos quatro acusados pelo homicídio do advogado Valter Nunes, em Cacoal. Nesta quarta-feira, 23, o julgamento entrou no terceiro dia, com o depoimento de mais testemunhas e com previsão de que possa seguir até a próxima sexta-feira.

Foram intimadas a depor 35 pessoas, das quais 12 falaram nos dois primeiros dias. Os depoimentos mais longos foram do delegado que presidiu o inquérito e de uma mulher que alega ter ouvido a confissão e visto dois dos acusados com dinheiro, que seria o suposto pagamento pelo crime. Essas duas testemunhas falaram por cerca de seis horas cada um e responderam a perguntas dos advogados e dos promotores de Justiça.

O processo que apura esse crime tem 55 volumes e teve início em 2007. Dois anos após, a polícia prendeu os acusados e apresentou a versão de que Cássio Claros e Jonas de Freitas seriam os executores do homicídio, e que Vera Nunes e Sóstenes Alencar teriam encomendado a morte de Valter Nunes. Na fase de investigação policial, Cássio confessou o crime. Mas, em juízo negou. Os outros réus negam a autoria do homicídio.

Após os depoimentos das testemunhas, os réus serão interrogados para apresentarem suas versões dos fatos. Em seguida serão realizados debates entre advogados e promotores. A defesa dos acusados irá dividir o tempo para fazer as explanações aos jurados, que são as pessoas que vão decidir sobre a condenação ou absolvição dos réus.

O Tribunal do Júri da comarca de Cacoal está instalado no auditório da Universidade Federal (Unir) devido à necessidade de isolamento das mais de 30 testemunhas indicadas para participar do julgamento, assim como para acomodação adequada dos advogados e seus auxiliares no plenário. Os jurados permanecem isolados desde o início do julgamento e são monitorados por oficiais de Justiça e policiais. O juiz de Direito Carlos Burck preside o julgamento, que tem sido acompanhado por grande número de pessoas e pela imprensa local.

Proc. 0042709-02.2007.8.22.0007

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