Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira(09), no presídio José Mário Alves, conhecido por Uso Branco, o secretário adjunto de Justiça, Gabriel Tomasete reforçou para a direção e a todo o quadro que trabalha no presídio que a corregedoria vai apurar denúncias de maus tratos e se comprovadas irá penalizar os servidores.
A reunião tinha como principal motivo as denúncias de maus tratos no presídio, que aumentaram bastante. Segundo Tomasete, a reunião foi marcada bem antes do pedido de intervenção impetrado pela Procuradoria Geral da República (PGR) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira(08).
Segundo o adjunto, é comum em qualquer sistema prisional a insatisfação dos presos. No caso de Porto Velho, Tomasete explica que “muitas denúncias são infundadas, pois há muita insatisfação por parte dos detentos uma vez que a vigilância está mais rigorosa no presídio”, afirmou Tomasete.
Na reunião, o adjunto ouviu tanto da direção como dos demais servidores do presídio, que o fato de ter reduzido drasticamente a entrada de drogas de celulares no presídio com a nova administração causa insatisfação geral entre os presos e em função disso, as denúncias aumentaram.
“Mesmo diante de possíveis inverdades, deixamos bem claro que o Estado não compactua com maus tratos. Os servidores ficaram cientes que tudo será investigado, e após a reunião poderão refletir melhor sobre seu comportamento”.
Participaram também da reunião, o corregedor da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), João Rodrigues e o juiz da Vara de Execuções Penais, Sérgio William Domingues Teixeira.
Intervenção
Gabriel Tomasete entende que o pedido de intervenção é uma coisa muito séria, mas que o estado irá provar no Supremo que não está omisso, uma vez que a corregedoria sempre apurou todas as denúncias, inclusive já houve afastamento de servidores onde ficou provada a conduta irregular.
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