CADEADO DE CHUMBO: Rondônia é destaque negativo em prêmio de falta de transparência

Rondônia recebe menção negativa em prêmio que expõe órgãos públicos menos transparentes do país

CADEADO DE CHUMBO: Rondônia é destaque negativo em prêmio de falta de transparência

Foto: Secom/GovRO

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O Prêmio Cadeado de Chumbo 2025, que destaca os piores casos de opacidade e descumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) no Brasil, revelou nesta quinta-feira (13) uma lista de órgãos públicos que se destacaram de maneira nada honrosa  pela falta de transparência. Entre os “vencedores”, o Governo de Rondônia aparece com menção honrosa negativa, após receber 51,2% dos votos na categoria destinada a práticas que enfraquecem o controle social.
 
Organizado pelo Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas e pela Rede pela Transparência e Participação Social (RETPS), o prêmio é um termômetro anual sobre como órgãos públicos tratam os pedidos de informação feitos por cidadãos, jornalistas e organizações da sociedade civil. Mesmo após 13 anos de vigência da LAI, muitos gestores continuam ignorando princípios básicos de transparência, como prestação de contas, publicidade de dados e respostas dentro do prazo legal.
 
Rondônia no radar da opacidade
 
A menção honrosa ao Governo de Rondônia acende um alerta sobre a deterioração da transparência no estado. Segundo os organizadores, a prática recorrente de dificultar o acesso a informações públicas seja por respostas incompletas, atrasos, negativas sem justificativa ou falta de atualização de dados coloca Rondônia entre os piores desempenhos nacionais no quesito transparência ativa e passiva.
 
A avaliação recebeu votos de todo o país após uma fase de triagem que reuniu denúncias e indicações de práticas consideradas contrárias à Lei de Acesso à Informação. Embora não tenha vencido nenhuma categoria principal, a menção une Rondônia a poucos órgãos públicos que se destacaram negativamente por prejudicar o controle social e comprometer políticas de participação.
 
O mapa da falta de transparência no Brasil
 
O prêmio também expôs casos emblemáticos de desrespeito à LAI. Entre os principais vencedores:
 
Prefeitura de São Sebastião (SP) ganhou em múltiplas categorias, incluindo “Passa ou Repassa” e “Contorcionistas e Malabaristas”, por repassar pedidos entre setores e apresentar negativas incoerentes.
 
O Metrô do Distrito Federal venceu na categoria “E o vento levou”, após alegar repetidamente que informações “não existiam” ou haviam “sumido”.
 
A Secretaria de Saúde de São Paulo e a Prefeitura de Osasco apareceram como campeãs do “Lero-lero”, respondendo pedidos com conteúdo vago ou sem relação com o que havia sido solicitado.
 
A Câmara Municipal de Salvador liderou a categoria “Não fale conosco”, reservada aos órgãos que simplesmente ignoram pedidos de informação.
 
O objetivo do ranking, segundo o Fórum de Acesso e a RETPS, é expor práticas que se repetem em diferentes regiões, mas que ainda encontram pouca punição administrativa ou política. O prêmio funciona como um “espelho público” que mostra quais instituições insistem em tratar a transparência como um favor e não como um direito garantido por lei.
 
Transparência como pilar democrático
 
A divulgação dos resultados reforça um recado direto aos gestores: a opacidade ainda é um problema estrutural no país. Para organizações que atuam na defesa do acesso à informação, práticas como ignorar pedidos, utilizar desculpas infundadas ou esconder dados públicos corroem a confiança na administração e dificultam o trabalho de fiscalização da sociedade.
 
No caso de Rondônia, a menção é um chamado para que o estado reveja suas políticas de acesso à informação, fortaleça seus portais de transparência e adote procedimentos que garantam respostas claras e tempestivas à população.
 
Em um momento em que decisões governamentais têm impacto direto na vida de milhões de brasileiros, o Cadeado de Chumbo lembra que a transparência não é opcional  é um pilar básico da democracia.
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