O diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Sandro Rocha, participou, nesta sexta-feira(17), do Programa Conexão Rondoniaovivo, onde falou sobre as blitzes, multas e outras ações do órgão em Rondônia.
Na conversa com o jornalista Ivan Frazão, Sandro disse que assumiu a autarquia há cerca de seis meses e que nesse período tem priorizado as campanhas preventivas no trânsito de nossas cidades. Ele explicou também a forma como são empregados os recursos arrecadados pelo Detran.
“Essa é uma pergunta que muita gente faz. No ano passado nós desvinculamos para o Departamento de Estrada de Rodagem cerca de R$ 101 milhões para ser aplicado nas estradas. Esse ano, vamos fazer a desvinculação para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Investimos também na Polícia Militar, estamos com uma proposta de R$ 30 milhões. Já entregamos motos e rádios para a PM. Através de convênios com as prefeituras investimos esses recursos na sinalização. Hoje são sete prefeituras beneficiadas. Investimos também em educação e nas Ciretrans. Nossos recursos são muito bem aplicados”, garantiu.
Lei Seca
Sandro também alertou para a violência do trânsito em nosso Estado. Segundo ele, é muito alto o número de pessoas envolvidas em acidentes nas ruas e rodovias estaduais, o que acaba sobrecarregando os setores de saúde.
“Quando entrei no Detran me deparei com a realidade. Rondônia é um Estado novo e pequeno comparado a outros Estados mas com um trânsito violento. Nós tivemos em 2023, 18 mil sinistros(acidentes), que é muita coisa. Até o mês de setembro do ano passado foram 12 mil sinistros e 258 motociclistas foram mortos no trânsito. Quando olhamos o Hospital João Paulo II, a maior parte dos pacientes é de pessoas vítimas do trânsito, sequeladas. É um reflexo muito grande do que acontece dentro do trânsito. O Detran investiu na saúde para desafogar o João Paulo II e salvar vidas. Estamos investindo também em helicópteros para socorrer de forma mais rápida pessoas acidentadas. É muito sério isso!”, observou.
Outro ponto destacado pelo diretor do Detran são as famosas blitzes da Lei Seca. Ele afirmou que já participou de algumas e defendeu que elas ocorram. Disse que presenciou pessoas sem condições dirigindo veículos.
“É muito considerável e relevante as ações de fiscalização. Já vi cenas lamentáveis de gente completamente alcoolizada. Me lembro de uma que o motorista viu a blitz, parou o carro e depois tentou fugir, embriagado, e bateu em carros que estavam estacionados. Pode acontecer de uma pessoa dessa está passando e acertar uma família. Isso pode ocorrer com qualquer um. Eu costumo dizer que aqueles que reclamam muito da fiscalização, são aquelas que podem um dia chorar pela perda de um ente querido”, declarou.