Para contar com uma maioria sustentável no Legislativo, Leo precisou negociar com os 23 vereadores
Foto: Divulgação
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Nos tempos em que as pessoas não tinham o celular como extensão das mãos e dos olhos se dizia que a imprensa era o “quarto poder”, depois do Executivo, Legislativo e Judiciário. Acreditava-se que manipular a imprensa seria suficiente para fortalecer o Executivo, controlar o Legislativo e pressionar o Judiciário. A realidade mostrou que não é suficiente e não houve nenhuma transformação séria no Brasil que tenha origem no suposto “poder” da imprensa. Se dependesse dela não teria havido a disparada do dólar nem a China estaria comprando tão facilmente minas, terras, empresas etc.
O verdadeiro poder que por vezes se casa com os outros três, e não poucas vezes os põe em xeque, é o “mercado”, que não é uma quitanda ou feira: é o conjunto dos grandes interesses econômicos – bancos, cartéis, big techs. Os aumentos do dólar frente ao real, dias depois de o presidente brasileiro Lula da Silva ter dito que os Brics vão criar uma moeda para vencer o dólar e pretender cobrar mais impostos dos ricos para redistribuição de renda são reações do mercado, que não abre mão de também governar.
É certo que a Amazônia só vai receber a atenção que merece quando o mercado apadrinhar seus interesses, desde a supremacia da preservação ambiental até maximizar a rentabilidade de seus produtos. Nos tempos atuais, ele está mais preocupado em mostrar aos golpistas como se derruba um governo sem ir para a cadeia.
4 de janeiro
Já estamos próximos do 4 de janeiro, data da instalação do Estado de Rondônia, quando ocorreu uma festa memorável, marcada pela posse do primeiro governador do estado (nomeado), coronel Jorge Teixeira. 43 anos de instalação neste 4 de janeiro. Naquele ano de 1982, o estado teria suas primeiras eleições para deputados estaduais, federais e senadores. Para governador o pleito só viria acontecer em 1986. Nossos primeiros senadores foram Odacir Soares (Porto Velho), Claudionor Roriz (Ji-Parana) e Galvão Modesto (Ouro Preto do Oeste). Os deputados federais mais votados naquele ano foram Múcio Athayde (Porto Velho), Chiquilito Erse (Porto Velho). Deputados estaduais mais votados: José Bianco (Ji-Paraná) e Tomas Correia (Porto Velho).
Uma tendência
O atraso no anuncio do corpo de secretários do prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) que toma posse em janeiro tem a ver com os entendimentos travados com os 23 vereadores. Para contar com uma maioria sustentável no Legislativo, Leo precisou negociar com os vereadores. Lembrando que sua aliança não elegeu nenhum edil, todos eles foram eleitos na aliança montada pelo prefeito Hildon Chaves. Temia-se uma oposição ferrenha ao novo prefeito, mas Moraes conseguiu reverter esta tendência, com muitos edis virando a casaca. Afinal, Rei morto, rei posto.
Fonte de recursos
Com seu orçamento prejudicado com um cobertor curto, restando poucos recursos para investimentos, o novo prefeito Leo Moraes também precisa se entender com os senadores e deputados federais, onde está uma fonte importante de recursos para a municipalidade. Leo desde a eleição visitou os parlamentares em Brasília buscando canais para assegurar recursos das emendas orçamentarias para a capital rondoniense, onde o atual prefeito Hildon Chaves teve excepcional desempenho nas suas duas administrações. Lembrando que nenhum senador e tampouco os deputados federais são alinhados com o próximo prefeito.
Um entendimento
Minha torcida é que exista algum entendimento entre o prefeito que sai Hildon Chaves (PSDB) e o prefeito que entra Leo Moraes (Podemos). Explico a necessidade deste acordo: todos os vereadores eleitos foram da aliança de Hildão, quase todos os senadores e federais estiveram na aliança do tucano. Então, se o alcaide atual quiser atrapalhar a vida do seu sucessor será só mexer um dedinho. Já, com o governo estadual, Leo está à vontade, afinal foi beneficiado com o apoio dos palacianos no segundo turno, quando quase todos apunhalaram a candidata chapa branca, do próprio partido em favor de Leo.
Centro de convenções
Acredito, que depois de tantas obras de magnitude na gestão de Hildon Chaves, ainda restaram algumas de importância para Leo Moraes, que assume em janeiro. Porto Velho se ressente de um grande centro de convenções. Algo assim foi idealizado pelo ex-governador Valdir Raupp, que como senador chegou a liberar recursos para o centro de multieventos que seria edificado na região do aeroclube, juntando o centro de convenções, bumbódromo, etc. mas o grande desafio será a implantação das redes de abastecimento de água e rede de esgoto, e sendo possível um centro político e administrativo municipal para unificar todas as secretarias no mesmo espaço, evitando pagar assim uma fortuna de aluguel para órgãos municipais. Um hospital municipal e a instalação da guarda municipal também devem ser prioridades.
Via Direta
*** O Dnitt promete reconstruir, a partir de março, a BR 364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, numa extensão de quase 700 quilômetros. É um compromisso do presidente Lula com os acreanos em 2025 *** Com a reforma tributária a tendência é que as passagens aéreas fiquem ainda mais caras nos próximos anos. Rondônia já paga as tarifas mais elevadas do País desde o início de 2024 ***Os vereadores eleitos de Porto Velho estão ansiosos em remeter ao novo prefeito Leo Moraes sua lista de amigos, parentes e compadres para serem, contratados pela municipalidade, como tem ocorrido nas gestões anteriores *** Por último, um Feliz Natal e um ano novo radioso para todo mundo.
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