MEDO DA DENGUE: Moradores da zona Norte pedem volta de fumacê

Serviço de carro nebulizador está pausado por falta de inseticida

MEDO DA DENGUE: Moradores da zona Norte pedem volta de fumacê

Foto: Ilustrativa / Prefeitura de Natal

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Alguns moradores da zona Norte de Porto Velho estão pedindo a volta do carro fumacê para combater mosquitos da dengue.  

 

Na última segunda-feira (27), o Rondoniaovivo ouviu reivindicações de dois moradores de diferentes bairros da zona Norte de Porto Velho. 

 

Lívia Poubel, moradora do bairro do Costa e Silva (ao lado do Nacional), diz que agora na época de chuvas a quantidade de mosquitos - junto com a insegurança de contrair dengue - aumenta. “Agora que começou a chover a gente vê mais mosquitos de noite e à tarde também. Não sei se vi [mosquitos] da dengue, mas ninguém quer correr risco”, declarou.

 

Moradora da zona Norte há mais de 14 anos, Poubel não recorda a última vez que presenciou um carro nebulizador vagando pelas ruas de seu bairro.

 

“Eu nunca vi. Quando [eu era] criança eu lembro que tinha e que passava de madrugada. Fora isso, nada.”, afirmou Lívia.

 

Caíque Silva, 31, morador do bairro Embratel, também não lembra a última vez que viu um carro fumacê trabalhando.

 

“Aqui a gente vê muito mosquito toda época do ano. Já vi até mosquito da dengue”, disse.

 

Como contou o Rondoniaovivo, o serviço de carro fumacê/nebulizador estava suspenso pela falta do inseticida utilizado no serviço. 

 

À época, a reportagem tentou contato com a via e-mail Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), sobre o restabelecimento dos serviços de nebulização espacial e com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) sobre o fornecimento do inseticida, mas não obteve resposta de nenhum dos órgãos. 

 

A população, entretanto, segue esperando pela resposta e pela ação afirmativa. 

 

“Até agora ninguém ficou doente, mas o carro fumacê é sempre bom. É sempre bom [melhor] previnir do que remediar.”, finalizou Silva.

 

NÚMEROS

 

Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa apontam que, entre janeiro e agosto deste ano, 947 casos de dengue foram confirmados em Porto Velho, dois casos de chikungunya e seis de zika. Durante todo o ano de 2022, foram 1.963 casos de dengue, 20 de chikungunya e 5 de zika.

 

De acordo com o Boletim Epidemiológico que monitora arboviroses (doenças causadas por mosquitos e aranhas) transmitidas pelo Aedes, a situação do município é classificada como satisfatória. 

 

Até junho deste ano, Rondônia tinha registrado oito mortes por dengue e mais de 80% dos municípios estavam em surto da doença.

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