DIA DOS PROFESSORES: Os desafios dos professores em fazer o que ainda é esperança: a educação

Professores contaram ao Rondoniaovivo a dificuldades de educar na pandemia

DIA DOS PROFESSORES: Os desafios dos professores em fazer o que ainda é esperança: a educação

Foto: Montagem/Rondoniaovivo | Professoras das redes municipal e estadual em Rondônia

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A pandemia do coronavírus está prestes a completar dois anos e, praticamente, todas as áreas da sociedade foram atingidas. A covid-19 deixou marcas que jamais serão esquecidas. Mas, o aumento no número de vacinados começa a mostrar que o momento é de recuperação.
 
Profissionais das mais diversas áreas tiveram que se reinventar mantendo o foco e qualidade dos produtos ou serviços que ofertam. Um desses grupos, são os professores que, de uma hora para outra, foram obrigados a aprender e a ensinar usando as ferramentas da informática. O ensino remoto é, com certeza, uma novidade que veio com a pandemia e, ao que tudo indica, irá ficar para sempre.
 
Hoje, 15 de outubro, data em que se comemora o Dia dos Professores, o Rondoniaovivo preparou uma reportagem contando os desafios de educar na pandemia e também os benefícios dessa prática.
 
Rede estadual
 
“O maior desafio do professor foi realmente entrar nessas aulas online. Na verdade, fomos empurrados para essas aulas online sem preparo, sem conhecimento prévio de como mexer com alguns aplicativos. Aí, nós fomos aprendendo no dia-a-dia. Foi um desafio muito grande”, conta Jessi Nunes, professora das disciplinas de História e História de Rondônia, na rede pública estadual.
 
Jessi Nunes na sala de aula remota | Foto: Arquivo pessoal
 
A educadora comentou também que manter os estudantes na sala de aula foi uma tarefa para lá de difícil. “Outro grande desafio foi a relação com os alunos. Eles se evadiram das salas de aulas, assim, de uma forma inesperada”, declarou. 
 
Sem assistência
 
A falta de apoio aos professores por parte de quem deveria prestá-lo, também foi outra dificuldade para quem atua na rede pública estadual. A adaptação ao novo cenário exigiu muita luta, paciência e amor à profissão.
 
Jessi contou ao Rondoniaovio que foi preciso investimento do próprio bolso, para conseguir educar os alunos em meio à crise causada pelo coronavírus.
 
Não houve nenhuma assistência por parte do governo para a aquisição de material. Nosso material, nós professores, adquirimos, como computador, aumento de gastos com energia elétrica e internet. Pois, precisamos de uma rede melhor”, declarou. 
 
A educadora explicou também que alguns professores ainda estão utilizando celular para lecionar e alfabetizar com esses recursos. Ela classifica isso como extremamente difícil.
 
Auxílio retirado
 
Ainda em entrevista, Jessi revelou que ao contrário de prestar assistência aos professores, o governo teria retirado o auxílio transporte alegando que eles não precisavam se deslocar para as escolas, devido à crise sanitária.
 
“Durante todo esse tempo de pandemia, o que o governo fez foi retirar nosso auxílio transporte né. Porque nós não precisamos nos deslocar até os colégios, então não precisa de auxílio transporte. Mas, não foi implementado nenhuma assistência para a aulas remotas como internet e equipamentos. Nós tivemos que nos virar com as nossas ferramentas”, disse.
 
A educadora conta também que mesmo em meio a tantas dificuldades, com essa transição do presencial para o online, ainda foi possível aproveitar as coisas boas e essas jamais serão esquecidas. 
 
“Eu tenho certeza de que muitos colegas hoje, estão prontos para enfrentar qualquer tipo de adversidade. Porque fomos fortes, corajosos, diante de tanta dificuldade. Estou até emocionada. A gente conseguiu enfrentar tudo isso e hoje sei muito sobre essas novas tecnologias”, avaliou emocionada. 
 
Jessi Nunes com Zuila Sousa, vice-diretora da Escola São Luiz em comemoração ao Dia dos Professores | Foto: Reprodução/Facebook
 
Rede municipal
 
Situação semelhante ao que aconteceu com Jessi Nunes, foi o ocorrido com a professora do ensino infantil, na rede pública municipal de Porto Velho, Taliana Aparecida Neves. Ela disse que que essa transição do presencial para o remoto era algo extremamente improvável, mas aconteceu e também foi desafiante.
 
No início dessa mudança para o remoto, eu tinha 27 alunos, porém, desses, somente dois não enviavam as atividades. Assim, o envio das atividades é a devolutiva do retorno que é de acompanhamento dos pais. Só que muitas das vezes, muitos pais, enviavam nos horários de 12h, 18h, 22h, 23h. Então assim, a nossa disponibilidade aos nossos alunos era praticamente de 24 horas, porque, quando o pai envia essas atividades, ele também quer esse retorno que é a nossa correção”, analisou Taliana.
 
Taliana em sala de aula remota na rede pública municipal | Foto: Arquivo pessoal
 
A professora explicou que esse retorno instantâneo aos pais, reforça a credibilidade deles com a educação remota, por esse motivo, o trabalho foi redobrado. 
 
Graças a Deus, eu pude perceber isso, pois na medida que eles iam enviando as atividades, eu ia corrigindo. Só assim, eles tinham como observar que a professora estava acompanhando de fato, essas aulas remota”, ressaltou.
 
Mudança na metodologia
 
A educadora disse que a metodologia de ensino foi totalmente reformulada. Isso porque, a distância entre os estudantes, fez com que os professores não tivessem o retorno necessário para saber se o aluno estava conseguindo captar o que era ensinado.
 
“Nesse período, o professor precisou reinventar a sua metodologia de ensinar e fazer com que o aluno pudesse entender o conteúdo através de vídeo, aulas do Youtube. Não vou dizer que nós não usamos, pois usamos sim. Só que muitas das vezes, os pais querem aquele vídeo da professora ensinando”, revela.
 
A professora revelou também, sofrer com a falta de assistência por parte da rede pública municipal. Segundo ela, grande parte do material utilizado para lecionar, foi adquirido com recurso próprio. Taliana disse que os materiais pedagógicos foram ofertados pela direção da escola.
 
Homenagem do dia 15
 
Em comemoração a esta data, a prefeitura de Porto Velho preparou um evento em alusão dos profissionais de educação do município. 
 
A gestão municipal fará um café da manhã em formato drive-thru para os educadores do ensino infantil e fundamental da capital. Começou às 8h, desta sexta-feira, na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), localizada na Elias Gorayeb, 1514, Nossa Senhora das Graças, na capital.
 
Já na rede estadual, o Governo de Rondônia não confirmou nenhum evento para esta data.
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