GRAVIDEZ INDESEJADA: Médica explica sobre o assunto, fala sobre a saúde e os riscos

GRAVIDEZ INDESEJADA: Médica explica sobre o assunto, fala sobre a saúde e os riscos

Foto: Divulgação

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O tema gravidez indesejada é um assunto delicado e que ainda é considerado um “tabu” na sociedade brasileira. Tivemos a participação da Médica Ginecologista e Obstetra Dra. Larissa Cassiano que respondeu algumas perguntas sobre o tema e colaborou com seus conhecimentos sobre o assunto.

 
Para entender melhor o que é gravidez indesejada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as altas taxas de gravidez indesejadas são resultado de déficit no planejamento familiar.
 
 
Ainda, a falta de intenção em engravidar é diferente de gravidez indesejada. No caso da primeira, há riscos de saúde envolvidos tanto para a mãe quanto para o bebe tais como desnutrição, negligência e, em casos mais drásticos, a morte. Por outro lado, a gravidez sem propósito induz ciclos de alta fertilidade, reduz o potencial de educação e conduz à pobreza.
 
Traduzindo em números e trazendo para a realidade brasileira, a taxa de “fecundidade adolescente” (mulheres entre 15 e 19 anos de idade) em 2016, era de 85% no Norte, 65% no Nordeste, 56% no Sudeste, 55% no Centro-oeste e 45% no Sul. Esses números são altos se considerarmos todo o período sexual ativo da mulher.
 
Quando perguntada como você descreveria a situação no Brasil em termos de gravidez indesejada, a Dra. Larissa Cassiano respondeu que “Infelizmente no Brasil o planejamento familiar é muito falho e com poucas opções no sistema público, com isso o número de gestações não planejadas é muito grande”.
 
Além de o sistema público de saúde não ser totalmente efetivo a todas as mulheres, outro fator a considerar é a educação. Segundo a Dra. Larissa, “A falta de educação sexual, falta de acesso e opções de métodos que se adaptem as mulheres” são as principais causas da gravidez indesejada.”
 
Desta forma, os níveis de educação são de extrema importância para o assunto. No Brasil, a população de 25 anos ou mais, com ensino superior é de: 25% mulheres brancas e 10,4% negras ou pardas.
 
Quando mensurada a taxa de ensino médio, o número aumenta para 73% das mulheres. Além do mais, a falta de informação sobre sexualidade, transmissão de doenças durante a atividade sexual e aparelho reprodutivo masculino e feminino ainda é precária para as classes mais pobres e menos instruídas da população. A falta de acesso à informação é um fator contribuinte para a gravidez indesejada.
 
Não somente a desinformação sobre como prevenir, mas também a preocupação tardia e a busca por ajuda durante a gravidez indesejada são fatores que preocupam.
 
De acordo com sua experiência, a Dra. Larissa relata que as queixas de pacientes que chegam em seu consultório para tratar do assunto, são geralmente “como utilizar métodos contraceptivos de emergência, a conhecida pílula do dia seguinte, e quando o aborto é permitido.” Assim, uma atenção voltada aos métodos contraceptivos e conhecimento do corpo, métodos de prevenção tanto da gravidez quanto às doenças sexualmente transmissíveis (DST), bem como um planejamento familiar devem ser estimulados na população brasileira.
 
É válido ressaltar que uma consulta com um ginecologista é essencial para saber mais sobre métodos contraceptivos e para obter informações de como ter uma gravidez saudável.
 
Para ter acesso aos médicos ginecologistas da região, acesse e agende uma consulta em Doctoranytime.
 
Este artigo foi elaborado e revisado em parceria com a Dra. Larissa Cassiano e o grupo científico Doctoranytime .
 
Referências:
 
IBGE. (2018). Estatísticas de Gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil (No. 38). IBGE - Informação Demográfica e Socioeconômica.
 
OMS: gravidez indesejada resulta de falta de serviços de planejamento. (2019, October 29). ONU News.
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