COLABORAÇÃO: Estudo de professor da UNIR é publicado na revista The Lancet

A pesquisa aconteceu simultaneamente em várias regiões do mundo e, no total, cientistas de 74 países contribuíram com o artigo.

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Foto: Divulgação

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O médico e professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Rondônia, UNIR, Horácio Tamada contribuiu com um artigo publicado recentemente na revista inglesa The Lancet, uma das principais na área de Ciências Médicas.
 
A pesquisa aconteceu simultaneamente em várias regiões do mundo e, no total, cientistas de 74 países contribuíram com o artigo intitulado Mortalidade por anomalias congênitas gastrointestinais em 264 hospitais em 74 países de baixa, média e alta renda: um estudo multicêntrico, internacional, de coorte prospectivo (Título original: Mortalityfrom gastrointestinal congenital anomaliesat 264 hospitals in 74 low-income, middle-income, and high-income countries: a multicentre, international, prospectivecohortstudy).
 
Como sugere o título, o estudo analisa a mortalidade em crianças de até cinco anos provocada por anomalias congênitas gastrointestinais (doenças do sistema digestivo que ocorrem durante a vida intrauterina do bebê).
 
Os dados da pesquisa foram coletados em 264 hospitais localizados em 74 países de baixa, média e alta renda em todo o mundo, sob a coordenação da Dra. Naomi Wright, cirurgiã pediátrica da King's Centre for Global Health and Health Partnerships(Londres, Reino Unido).
 
As anomalias congênitas são a quinta causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, segundo o estudo. Entre as anomalias congênitas gastrointestinais, muitas podem ser fatais sem acesso oportuno aos cuidados cirúrgicos neonatais.
 
Os resultados obtidos na pesquisa destacam grandes disparidades na mortalidade entre as diferentes configurações de renda, ou seja, maior índice de mortalidade em países com renda mais baixa devido às condições insuficientes de acesso a tratamento e intervenções de emergência.
 
A chance de morrer de uma anomalia congênita gastrointestinal ao nascer em um país de baixa renda é de duas em cinco, em comparação com uma em cinco em um país de renda média e uma em cada 20 em um país de alta renda.
 
Diante desse cenário, “melhorar o acesso a cuidados cirúrgicos neonatais de qualidade em países de baixa e média renda será vital para atingir a meta de mitigar as mortes evitáveis em neonatos até 2030, conforme propõe o grupo de estudo”, afirmou Horácio Tamada, que coordena na UNIR pesquisas sobre anomalias congênitas e forneceu dados coletados da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-NEO) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, onde atua como médico.
 
Como explica o professor, pesquisas como essa fortalecem a chamada ciência aberta, expondo as diferenças assistenciais no âmbito da saúde nos países de diferentes classes econômico-sociais.
 
“Torná-las visíveis pode sensibilizar tanto os países mais ricos como os mais pobres, pois os primeiros podem auxiliar na condução das melhorias (economicamente, tecnologicamente e financiar os projetos) e os últimos terão um parâmetro positivo para poder estabelecer processos e metas. Os dados apresentados trazem preocupações, mas também obrigações e deveres de melhorar a assistência”, disse o professor Horácio Tamada.
 
Ao reiterar o acesso a saúde como um dos grandes desafios para o Brasil, particularmente na região Amazônica e em Rondônia, o professor Tamada conclui que “as pesquisas realizadas pelos docentes da UNIR mostram dados da realidade da região contribuindo para o maior conhecimento dos nossos gestores e, assim, eles podem direcionar melhor os programas de desenvolvimento regional, independentemente de ser na área da saúde, uma vez que todos os processos estão intimamente ligados”.
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