“Contato pele a pele para humanizar. Vivência que traz à mulher e à criança, um vínculo de segurança”. Assim, se expressou a acadêmica Olivanda Oliveira, do 7º período do curso de Enfermagem, da Faculdade Uniron, em uma poesia apresentada durante o 1º Seminário Online de Atenção à Rede Cegonha, da Instituição de Ensino. Segundo a acadêmica, o texto literário, tem o intuito de homenagear o momento do primeiro contato físico pós-parto entre mãe e filho, e, destacar, a importância da participação do profissional de saúde no processo materno.
Em sua poesia, ligada à disciplina de Políticas Públicas na Atenção Materno-Infantil, Olivanda contemplou uma das experiências maternas praticadas pelas gestantes, após a conclusão de um trabalho de parto. No texto, a acadêmica considera que o contato pele a pele feito pelas mães, demonstra sentimento e cuidado com a vida dos recém-nascidos, e, enfatiza que, para garantir uma vida saudável para eles no futuro, a prática do contato materno é uma opção segura a fim de alcançar esse objetivo.
"É conhecida como a 'hora de ouro'; é no primeiro contato pele a pele que a mãe realiza, através de sua própria percepção, o delineamento físico do filho. Essa aproximação imediata, é importante para acalmar a mãe e o bebê nas primeiras horas do nascimento”, explica Oliveira.
Mas afinal, o que é o Contato Pele a Pele? Logo que uma criança nasce, é colocada nua sobre a mãe, para fazer um contato físico através da pele do corpo. Nesse momento, ocorre a primeira relação de afeto externo entre mãe e filho, onde, por meio do contato da pele, o recém-nascido recebe calor humano, é estimulado para a primeira amamentação e desenvolve o vínculo familiar. A prática, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada importante para o desenvolvimento saudável da criança, além disso, a ideia se sustenta através de políticas públicas que orientam os procedimentos adequados.
De acordo com a Prof. Aline Vilela, responsável pelo 1º Seminário Online de Atenção à Rede Cegonha, da disciplina de Políticas Públicas na Atenção Materno-Infantil, realizado por meio de uma plataforma virtual da Instituição de Ensino, o encontro que contou com a participação dos acadêmicos do 7º período de Enfermagem, objetivou falar da importância das práticas obstétricas, como eixo norteador da assistência ao parto e nascimento. “Com este seminário, destacamos o compromisso para uma formação de qualidade, com base em evidências científicas, que marca a Faculdade Uniron. Além disso, transcende o cenário atual de ajustes em que vivemos, devido a pandemia do Covid-19”, comenta Vilela.
Segundo Olivanda, o estudo abordado durante o seminário online, permitiu que os acadêmicos aprofundassem o conhecimento sobre as diretrizes do processo materno, além de promover a segurança e a qualidade de vida à mãe e ao filho. Nesse sentido, por meio também da poesia, a acadêmica demonstrou a importância do papel do profissional de Enfermagem durante o contato pele a pele, pois, acredita que, quando as pessoas assumem um trabalho na área da saúde voltado ao parto, exercem a missão de colaborar, de forma coadjuvante, assistindo e mediando a realização desta prática materna.
Para a acadêmica Olivanda Oliveira, que também é mãe de quatro filhos, entende que responsabilidade e compromisso ético fazem diferença na prática da profissão de Enfermagem, além disso, a experiência materna contribui para humanizar as atividades de saúde. “Eu, sendo mãe, considero a tarefa de cuidar e proteger, prazerosa em minha vida. Assim, o trabalho direcionado à saúde das pessoas, em especial, o processo de nascimento, nos permite agregar sentimentos que se originam do amor materno. Portanto, acredito que nós, futuros profissionais da saúde, devemos exercer a profissão muito além pelo simples gosto, mas, por uma verdadeira vocação de enfermeiro”, comenta Oliveira.
Confira na íntegra a poesia da acadêmica do 7º período, Olivanda Oliveira:
Contato pele a pele para humanizar.
Vivência que traz à mulher e à criança,
um vínculo de segurança.
Dignidade, beleza e sensibilidade.
Nascer, não é processo de doença, mas de felicidade.
Esperamos que esse momento, seja um grande acontecimento.
É importante reafirmar,
que esse processo é único e singular.
O contato pele a pele, favorece amamentar.
São 60 segundos no relógio cardiorrespiratório.
No que se refere ao componente: parto e nascimento,
o instrumento usado é o empoderamento.
E nós, os coadjuvantes desse momento,
auxiliamos nesse sentimento.
Esse processo envolve múltiplos nascimentos:
Uma mãe, um bebê, um pai, uma nova família.
É sempre um grande acontecimento.
Olivanda Oliveira.