A partir de 2014, todo o atendimento foi informatizado e os pacientes passaram a ser identificados pelo número do Cartão SUS
Foto: Divulgação
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Atendimentos médicos que levavam meses e até anos para ser realizados na Policlínica Oswaldo Cruz, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Porto Velho, a exemplo do Monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) e o Holter, exame complementar do eletrocardiograma com o monitoramento portátil que registra a atividade elétrica do coração e suas variações durante as 24 horas, são realizados atualmente sem necessidade de fila de espera.
Conforme o diretor José Maria França, a POC conta com quatro cardiologistas, dos quais dois são especialistas nesses dois exames. No local também é realizado o teste ergométrico na esteira ou teste de resistência e eletrocardiograma. “Antes havia um desespero pelo Mapa e o Holter, pois os pacientes eram obrigados a pagar em clínicas particulares ou aguardar na fila de espera, mas os investimentos feitos pelo governo têm minimizado cada vez mais o tempo de espera e garantido atendimento igual e em alguns casos até melhor que hospitais particulares”, disse.
Outro avanço na policlínica, que tem contribuído com a prevenção e detecção de câncer de mama, é a ala instalada pelo Hospital de Barretos, o Barretinho, onde são realizadas 50 mamografias por dia, 26 ultrassonografias e biópsia, quando necessário, conforme a médica Rebeca Amaral, que trabalha com outros oito funcionários, entre enfermeiros, técnica em radiologia e assistentes. Todos do Barretinho, que montou a estrutura no espaço cedido pela POC, facilitando o acesso das mulheres que são atendidas pelos mastologistas.
Segundo Rebeca, de janeiro deste ano até o início deste mês, foram detectados 82 casos de câncer de mama, enquanto que em todo o ano de 2016 foram 74. A maioria das pacientes tem entre 40 e 50 anos de idade, e há entre as 82 uma com 20 anos e outra com 89. Sobre a procura, a médica disse que além de Rondônia e os estados vizinhos Acre e Amazonas, atende também a pacientes de Roraima, uma vez que a unidade de Barretos em Porto Velho é a referência na região.
Considerando a gravidade da doença e a importância de ser detectada precocemente para a cura, a médica citou alguns municípios que viabilizam o transporte dos pacientes para a capital e lamentou que muitos não têm o mesmo interesse ou preocupação. “Poucas pessoas sabem que para ser atendidas com a mamografia não precisa de requisição médica, basta ter entre 40 e 69 anos e trazer a documentação pessoal, incluindo o Cartão do SUS [Sistema Único de Saúde]”, informou, completando que muitas mulheres também só buscam a prevenção durante a campanha Outubro Rosa, o que acaba aumentando a demanda e atrasando o exame em cerca de uma semana. “Antes do Outubro Rosa a pessoa consegue marcar a mamografia até para o dia seguinte ou o mesmo dia, mas durante a campanha só é possível para uma semana depois. Quem vier hoje só consegue para dezembro”, argumentou.
GERIATRIA
Na POC há ainda atendimento especial ao idoso feitos por dois geriatras, o que é muito importante, conforme revelou a paciente Raimunda Nonata, de 78 anos, que estava sendo atendida pela geriatra Adriana Bucar Venturelli. “A consulta é demorada. Mas vale a pena”, disse ela, que estava acompanhada pela nora que no dia anterior acompanhou o sogro ao mesmo atendimento. Segundo Adriana Bucar, a consulta tem duração média de 40 minutos a 1h, pois é feita avaliação criteriosa para complementação das realizadas por outros especialistas.
Outro setor da POC que poucas pessoas sabem que existe, de acordo com o diretor França, é a sala de pequenos procedimentos, onde são removidos sinais, verrugas e outros abcessos ou deformidades da pele por cirurgiões plásticos. Quem fez cirurgia ortopédica no Hospital de Base, por exemplo, pode se dirigir à POC para retirar os pontos, o gesso ou colocar gesso. No setor são atendidos entre 20 a 30 pacientes por dia.
“Também avançamos no atendimento neurológico, com atendimento terceirizado a 40 pacientes por dia, inclusive crianças; e o laboratório de análises clínica, com 150 a 300 pessoas atendidas por dia e uma média de 100 mil exames por mês. O resultado sai no mesmo dia e sem risco de troca do material coletado, pois cada paciente é identificado com o código de barra”, observou.
Para quem necessita de algum relatório sobre o atendimento para comprovação judicial ou trabalhista, no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) da POC há 300 mil prontuários e outros 125 mil da POC-BR, para onde o atendimento foi transferido até a reforma do atual prédio. A partir de 2014, segundo Luzia Duarte, todo o atendimento foi informatizado e os pacientes passaram a ser identificados pelo número do Cartão SUS.
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