O deslizamento foi agravado pela contaminação de material químico na água do rio Madeira e a Defesa Civil está trabalhando no local desde o dia do ocorrido. Segundo Vicente Bessa os técnicos da prefeitura estão realizando um levantamento da real situação
Foto: Divulgação
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O secretário municipal de programas especiais e Defesa Civil de Porto Velho, Engenheiro Vicente Bessa Júnior, falou sobre a atual situação da margem direita do rio Madeira no bairro Triângulo, onde um porto com 14 caminhões tanques, três caminhonetes, além de um carro de passeio e moto, foram dragados pelo barranco que cedeu no último sábado (13).
O deslizamento foi agravado pela contaminação de material químico na água do rio Madeira e a Defesa Civil está trabalhando no local desde o dia do ocorrido. Segundo Vicente Bessa os técnicos da prefeitura estão realizando um levantamento da real situação da área.
“Estamos identificado o tipo de material que está vazando e as consequências que ele causa para a população. Nesse momento solicitamos a instalação de uma contenção maior, pois duas carretas estavam vazando óleo direto no rio”, disse Vicente Bessa.
Explosão
No local onde aconteceu o acidente existe um iminente risco de explosão, todos os caminhões tanques estavam carregados CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), produto altamente inflamável quando exposto a altas temperaturas.
“Esse CAP é um material perigoso, a situação das carretas mesmo vazias colocam em risco o perigo de explosão, pois ainda não se sabe a situação real, então um trabalho errado de retirada desses caminhões poderia acarretar uma explosão em série, atingindo uma área muito maior da que já foi afetada”, falou Vicente Bessa.
Cinco famílias que moram ao entorno do porto foram notificadas e vão ser retiradas de suas residências e levadas para um local seguro.
Responsabilidade
Para Bessa as causas que levaram ao acidente devem ser periciadas, porém tudo indica que houve um grande ato de irresponsabilidade pelos proprietários do porto em colocarem veículos carregados de produtos inflamáveis naquela área.
“Eu não sei com relação à parte legal pois não é da minha alçada, mas o que eu percebi é que esse trabalho era realizado com um amadorismo absurdo, tudo improvisado. Não é isso que as normas técnicas dispõe sobre o transporte de material inflamável, não é nem possível descrever a falta de competência de quem operava esse porto”, concluiu o secretário.
Todo o trabalho de retirada dos veículos, de proteção da aérea e de limpeza da contaminação do rio Madeira ficará sob a responsabilidade da empresa responsável pela operacionalização do porto, que deverá receber uma pesada multa, haja vista que ficou constatada a contaminação do lençol do rio, além de outros impactos ambientais.
A empresa ainda não apresentou o plano de retirada dos veículos, a estimativa e de que todo o trabalho ainda demore aproximadamente 15 dias para ser realizado. Enquanto isso fica estritamente proibido o acesso de curiosos na localidade, uma vez que o perigo ainda é enorme.
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