Dentista orienta que mães evitem desconforto estético nas crianças

Dentista orienta que mães evitem desconforto estético nas crianças

Dentista orienta que mães evitem  desconforto estético nas crianças

Foto: Divulgação

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Com apenas R$ 1,5 mil, a dentista Kátia Cristina Abreu Lopes, professora da Faculdade de Ciências Biomédicas (Facimed) de Cacoal, iniciou trabalho de conscientização de mães na Unidade Básica de Saúde Cristo Rei, para evitar que crianças cheguem aos 7 anos de idade com desconforto estético. A dentista participou nessa quarta-feira (10) da abertura do seminário realizada pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), no auditório do Palácio Getúlio Vargas. O evento, que segue até esta quinta-feira (11), tem por objetivo a análise do relatório parcial da segunda chamada do Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PP SUS 13).
 “Procuramos incentivar as mães a evitar o desmame precoce e, ao mesmo tempo, falamos do benefício do aleitamento e da consequência de hábitos bucais deletérios”, disse a dentista.
Em Rondônia é a alta a prevalência da má oclusão (relação de mordida entre a arcada dentária superior com a inferior e suas implicações), que ocorre em crianças de 4 a 12 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 38% das crianças no mundo têm esse problema.
Hábitos deletérios são adquiridos na infância e estão estreitamente correlacionados com a amamentação deficiente. O uso de mamadeira ou chupeta, sucção digital, onicofagia (hábito de roer as unhas), briquismo (hábito de apertar os dentes) e outros hábitos, quando atuam de forma prolongada, resultam em alterações dentárias, esqueléticas e musculares, provocando o desenvolvimento anormal dos maxilares.
Kátia e duas estudantes com iniciação científica penetraram numa área até então sem qualquer trabalho publicado na região Norte do País. “Foi apenas o começo de um estudo que poderá estender-se a outras unidades de saúde pública”, adiantou.
Integrante do Grupo de Pesquisa de Doenças Psicossomáticas em Odontologia, a dentista e suas alunas estudaram crianças de 2 a 4 anos. O projeto está 70% concluído, segundo Kátia. “Pronto. Porém carente de mobilização maior de cientistas, no sentido de evitar que o problema cresça com a criança”, reconheceu.
O estudo de uma oclusão “normal”, bem como, as características mais frequentes que compõem esse quadro, deve ser imperioso para o ortodontista. Não é difícil identificar uma oclusão normal. Pelo menos três requisitos básicos deverão estar presentes: 1) a inclusão total da arcada dentária inferior dentro da arcada dentária superior; 2) a relação sagital correta entre os dentes do segmento posterior, ou seja, uma relação de classe I; e 3) relação de incisivos com trespasses horizontal e vertical positivos.
Kátia anima-se a ir adiante. Além da oclusão, iniciará brevemente estudo da cárie dentária. A respeito desse tema, também não há estudo na região Norte brasileira. “Vamos incentivar dentistas à prevenção e intervenção na má qualidade da dentição decídua e permanente”, acrescentou.
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