Parece que o Dia do Professor foi festejado pela primeira vez em 15 de outubro de 1933, com uma missa e sessão cívica no Instituto de Educação do Rio de Janeiro.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Origem do dia
Em dia 15 de outubro 1827, o imperador D. Pedro I assinou a primeira lei sobre o ensino primário no país. Parece que o Dia do Professor foi festejado pela primeira vez em 15 de outubro de 1933, com uma missa e sessão cívica no Instituto de Educação do Rio de Janeiro. A iniciativa partiu da Associação dos Professores Católicos do Distrito Federal (APC-DF) e chamou-se Dia do Primeiro Mestre. A ideia veio com objetivo de dar às pessoas ocasião para que demonstrassem sua gratidão ao seu primeiro professor. A primeira comemoração de um dia inteiramente dedicado ao profissional da educação foi posta em prática em São Paulo, numa pequena escola da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, por iniciativa de quatro professores, em 15 de outubro de 1947. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
DECRETO nº 52.682, de 14 de outubro de 1963.
Declara feriado escolar o dia do professor.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, usando das atribuições que lhe confere o item I do artigo 87 da Constituição Federal, Decreta:
Art. 1º O dia 15 de outubro, dedicado ao Professor fica declarado feriado escolar.
Art. 2º O Ministro da Educação e Cultura, através de seus órgãos competentes, promoverá anualmente concursos alusivos à data e à pessoa do professor.
Brasília, 14 de outubro de 1963; 142º da Independência do Brasil; 75º da República.
João Goulart
Uma carreira pouco procurada por falta de salários justos.
Estudo encomendado pela Fundação Getúlio Vargas em 2010 traz dados concretos e preocupantes, pois apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular as graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesquisados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada, com rotina desgastante, além da crescente violência nos estabelecimentos de ensino. A situação não melhorou.
O Brasil é o penúltimo país em pesquisa sobre valorização de professor - Do UOL, em São Paulo 03/10/2013.
Uma pesquisa divulgada mostra que, entre 21 países, o Brasil fica em penúltimo lugar em relação ao respeito e à valorização dos seus professores. Para montar o Índice Global de Status de Professores, da Varkey GEMS, de Londres, Organização não governamental criada para melhorar a educação para crianças carentes por meio de projetos de acesso à educação, programas de treinamento de professores. Os pesquisadores entrevistaram mil pessoas em países de cinco continentes. Em cada país, os pesquisadores analisaram se a profissão é muito procurada, qual é o status social dos professores e se os entrevistados acreditam que os alunos respeitam os docentes. A desvalorização da profissão fica clara quando os entrevistados são perguntados se gostariam que seus filhos fossem professores: apenas 20% responderam que sim, 45% disseram que não encorajariam seus filhos a se tornarem docentes.
Depois da China, o ranking do status social dos professores mostra a Grécia em segundo lugar. O Brasil está em 20º à frente apenas de Israel. De positivo, a pesquisa mostra que os brasileiros confiam nos professores, mas acreditam que o sistema educacional atrapalha o resultado do ensino e 95% acham que os salários são muito baixos.
A desvalorização da profissão e consequentemente da educação interessam a muitos, que querem que o país permaneça com o marasmo título de país Subdesenvolvido industrializado e que a população continue produzindo a baixo custo e consumido cada vez mais.
Mas, temos o que comemorar?
Apesar de todas as situações desagradáveis, temos sim, mas não pelos baixos salários, pela falta de uma política de valorização profissional, que obriga ao professor a ter muitas vezes três jornadas de trabalho, pela pouca participação da família na vida escolar do estudante, pela carga horária exaustiva e que obriga muitas vezes o profissional a ministrar disciplinas na qual não é habilitado, somente para cumprir sua “carga horária”. Isto mostra a preocupação com a quantidade deixando de lado a qualidade do ensino.
Mas, vamos comemorar a formação dada a tantos e tantos que estão hoje no mercado de trabalho, por aqueles que saíram de uma condição desfavorável e hoje tem uma formação e principalmente por aqueles que buscam novas perspectivas. Comemorar por ser muitas vezes lembrado, por ser referência e por ter feito parte da vida de muitos.
Professor segundo comentário do jornalista da Rede Globo Alexandre Garcia – Jornal Bom Dia Brasil Edição do dia 29/08/2014.
“Professor é dom; uma vocação. 'A pessoa nasce professor e não tem que se envergonhar, a não ser com o salário', disse: Você sabe quanto ganha um professor do ensino médio com curso superior completo e até pós-graduação? Em uma cidade pertinho de Brasília, acredite: pouco mais de um salário mínimo. O salário é menor até do que o piso nacional! Para uma profissão que deveria ser extremamente valorizada. O prefeito, os vereadores, que oferecem pouco ao professor, talvez não tenham tido professores dedicados. Pagam abaixo do mínimo porque não podem pagar pior para o setor mais importante do município, que é o ensino. Que deveria ter o maior salário. O vereador pode até fazer leis, mas não faz um país com saber, com conhecimento, com futuro. Isso é o professor que faz. O professor é o construtor do país, do futuro, precisa de salário que lhe dê tranquilidade para viver e lecionar preparado, para que possa se vestir dignamente, à altura da nobreza da profissão. Aliás, qual seria a mais nobre das profissões? A do advogado, que não deixa o inocente ser condenado? A do engenheiro, que não deixa o viaduto cair? A do médico, que não deixa o paciente morrer? Ou a do professor, que não deixa definhar o futuro? Professor é mais que vereador, que prefeito, que não lhe pagam, porque nem é profissão, é missão.”
Problemas que afetam a categoria – a Violência - Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores (Daniela Fernandes De Paris para a BBC Brasil 28 agosto 2014).
Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.
Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero.
A conclusão da pesquisa é de que os professores gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.
No Japão é uma profissão muito respeitada, e para os japoneses o professor é chamado de sensei, ou mestre, pois é considerado o sábio, o centrado e orientador das crianças. O Japão tem a exata noção de que o futuro do país depende das crianças, por isso a educação é muito valorizada, rigorosa e disciplinada. Os professores são bem remunerados, por isso é um país desenvolvido.
No Brasil a impressão que temos o assunto educação não é prioridade, tornando-se segundo plano em relação às Olimpíadas e Copa do Mundo de futebol.
Outro grande problema que considero uma Praga, o Celular em sala, usado para whatsapp, selfies, gravações, torpedos, com seus fones ouvindo músicas sem focalizar nas aulas.
Mas nem tudo esta perdido, com decisões como esta, o fato ocorreu na cidade de Tobias Barreto em Sergipe, decisão em 29/05/2014.
De acordo com os autos um professor tomou o celular de um aluno que estava ouvindo música com fones de ouvido durante a aula. O estudante foi representado por sua mãe, que pleiteou in- denização por danos morais diante do sentimento de impotência, revolta, além de um suposto desgaste físico e emocional. O juiz da 1ª Vara Cível e Criminal Eliezer Siqueira S. Junior, julgou Improcedente o pedido de indenização. Na negativa, o juiz afirmou que "o professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”. A concorrência com as mídias é desproporcional, mas houve uma época em que ser pego em sala de aula fazendo palavras-cruzadas ou trocando bilhetes com outros discentes era motivo para, no mínimo, fazer corar a face do aluno surpreendido. O magistrado se solidarizou com o professor e disse que "ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma". Ainda considerou que o aluno descumpriu uma norma do Conselho Municipal de Educação, que impede a utilização de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, reiteradamente, o comando do professor. Considerou que não houve abalo moral, já que o estudante não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade. "Julgar Procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os ‘realitys shows’, a ostentação, o ‘bullying’ intelectivo, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”, Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor. "No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro herói nacional, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu ‘múnus’ com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor".
Cuidados com a Voz – colaboração da Professora, fonoaudióloga, Coordenadora do Curso de Fonoaudiologia, mestre e doutoranda Viviane Castro de Araújo, Marcos Grutzmacher e Lidiane Tavares Pereira Batista, fonoaudiólogos e professores.
Você já se imaginou sem voz? Imaginou como seria não poder falar se quer uma palavra? E por meio dela podemos nos comunicar falando, cantando ou declamando, podemos transmitir alegria, tristeza, indiferença, ironia, dentre outros. Uma voz com boa sonoridade, bem articulada e agradável tende a atrair a atenção do ouvinte, já uma voz estridente e tensa pode causar desconforto em quem ouve. Cada pessoa possui uma voz própria e única, que caracteriza o seu timbre, sua marca. Não há duas pessoas com a mesma voz. Atualmente cerca de 70% da população ativa utiliza a voz como instrumento de trabalho e por isso é necessário termos um cuidado especial para não termos nenhum problema vocal como cansaço, rouquidão, soprosidade ou até mesmo nódulos vocais, comumente chamados de calos. Algum desses sintomas pode ocorrer com o professor com muita frequência, pois é exposto a condições desfavoráveis para a saúde vocal como salas ruidosas, acústica inadequada, além de utilizarem a voz por longos períodos e em forte intensidade. Também faz parte de uma das categorias com maior incidência de alterações vocais, chamadas disfonias. Para manter a saúde da voz e continuar falando de uma forma saudável existem algumas dicas importantes como: tomar bastante água, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável, evitar chocolates ou alimentos que deixem a saliva mais grossa, pois eles podem causar refluxo gástrico e agredir as pregas vocais, evitar gritar, pigarrear ou falar demais e fazer aquecimento vocal antes de usar a voz e após, o desaquecimento. Então essas são dicas para manter a saúde da voz. Lembre-se uma voz saudável abre portas e atrai oportunidades. Cuide da sua voz para não fechá-las e afastar as pessoas. Voz bonita é voz saudável.
Preparando-se para ter uma boa voz durante as aulas:
Adequar a voz ao ambiente em que será projetada, controlando o volume. Porta fechada reduz a concorrência entre os ruídos ambientais e a voz. Evite falar na presença de ruídos externos não-controláveis, como aceleração de caminhões, sirenes de ambulância, etc. Dispor os alunos de uma forma mais agrupada pode facilitar a projeção da voz. Use microfones quando as salas forem muito grandes e com muitos alunos. Evite dar os últimos avisos no momento da saída dos alunos, pois eles não estarão atentos ao que é dito, e o ruído de guardar material vai competir com a sua voz. Mantenha na sala de aula uma garrafa com água e beba alguns goles sempre que possível. Evite fumar ou ficar perto de fumantes no intervalo das aulas. Intercale aulas expositivas com atividades de menor uso vocal. Aulas bem planejadas são mais fáceis de ser transmitidas. Sempre que possível lance mão de recursos didáticos que tornem a aula mais dinâmica e com menor abuso vocal. Fale em intensidade moderada e num tom confortável para não provocar irritação nos alunos. Estabeleça algum sinal como bater palmas ou objetos para silenciar a sala de aula. Articule com precisão as palavras, mas sem exagero. Boa articulação promove boa compreensão da mensagem e diminui o esforço das pregas vocais. Use o intervalo entre as aulas como repouso vocal, e não para abuso vocal em conversas ruidosas na sala de professores. Entonações de voz mais ricas fortalecem o conteúdo da mensagem e diminuem a probabilidade de fadiga vocal.
Parabéns Professores somos ainda uma das poucas esperanças para o desenvolvimento!
Professor Ruzel Costa, Escola Madeira-Mamoré, Colégio Objetivo, Faculdade Faro e Colégio Interação em Porto Velho – RO.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!