Representante da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), empresa responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO), participou nesta quarta-feira (11) de café da manhã com os deputados que integram a Comissão de Minas e Energia em Brasília. O diretor Institucional da ESBR, José Lucio de Arruda Gomes, apresentou aos parlamentares relatórios sobre os desafios enfrentados para a implantação da Usina e as compensações e benefícios que o empreendimento tem trazido ao estado de Rondônia. “A Energia Sustentável do Brasil já investiu mais de R$ 1 bilhão só em ações de compensações ambientais e sociais. O maior desafio enfrentado por nós é a instalação da segunda maior Usina do Brasil no prazo de 40 meses”, comenta.
Durante a reunião, os deputados puderam conhecer dados técnicos sobre Jirau e esclarecer informações sobre os programas de preservação ambiental realizados na área de influência da UHE. Para o vice-presidente da comissão, João Carlos Bacelar (PR-BA), a construção de grandes empreendimentos como este, tem levado o Brasil a um modelo diferenciado de desenvolvimento, privilegiando a sustentabilidade e a mitigação dos impactos socioambientais. “Os projetos hidrelétricos estão criando um novo cenário no país, um novo Brasil está nascendo”, afirma.
Para o deputado Sibá Machado (PT-AC), a visita do diretor da Energia Sustentável do Brasil permitiu uma melhor reflexão sobre as necessidades do empreendimento e de como o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira tem proporcionado maior crescimento e desenvolvimento à capital Porto Velho. “A visita serviu para uma compreensão maior do que é construir uma obra desta magnitude na Amazônia. Do ponto de vista da relação com a população local, as usinas do Madeira, além de exportar energia, dentro do Sistema Interligado Nacional para todo o país, ainda vão abastecer a região Norte, que há anos necessita de uma reformulação no seu ciclo energético”, conclui.
Os deputados também destacaram que, com a formação dos reservatórios, o Rio Madeira poderá ser utilizado como hidrovia, o que vai facilitar a importação e exportação junto aos países que fazem fronteira com o Brasil. O presidente da Comissão, deputado Simão Sessim (PP-RJ), deixou claro o interesse do grupo em visitar o canteiro de obras de Jirau e acompanhar mais de perto a evolução do projeto. “É com alegria que nós deputados constatamos que cerca de 80% da construção civil da Usina já está realizada. Como presidente da Comissão de Minas e Energia, fico cada vez mais animado com o futuro sustentável do Brasil, baseado exatamente na oferta de energia limpa, que vai atender aproximadamente 10 milhões de residências nos próximos anos”, declara.
Números e investimentos
A Energia Sustentável do Brasil, Sociedade de Propósito Especifico, composta pelas empresas IP-GDF Suez (50,1%), Chesf – Centrais Elétricas do São Francisco (20%), Eletrobras Eletrosul (20%) e Camargo Corrêa (9,9%), é a responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Jirau, o maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
A construção da UHE Jirau demanda um investimento de R$15 bilhões. A hidrelétrica terá 50 turbinas tipo bulbo, quatro a mais do previsto no projeto original, o que aumentará a capacidade instalada de 3.300 megawatts (MW) para 3.750 megawatts (MW), elevando a energia assegurada máxima superior a 2.000 MW médios, suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residências. A previsão é que a primeira turbina entre em funcionamento em janeiro de 2013.