Autor de "Uma cortina que se abre" fala sobre Jorge Amado durante sarau literário na FIERO

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Foto: Divulgação

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O escritor sergipano Rui Nascimento participou na terça-feira (27 de setembro) no salão de convenções do Sistema FIERO, do sarau de lançamento e noite de autógrafos do livro “Jorge Amado - Uma cortina que se abre”, de sua autoria. O evento, realizado pelo instituto Euvaldo Lodi (IEL/RO) com apoio da FIERO, SESI e SENAI, reuniu intelectuais, empresários, estudantes e colaboradores.

 O livro - editado pelo SENAI - retrata um período até então desconhecido da trajetória do escritor baiano, e narra os dois anos de exílio na cidade de Estância, interior de Sergipe, imposto pela polícia política do Estado Novo, do então ditador Getúlio Vargas. Na ocasião, Jorge Amado, com 25 anos, já consagrado e engajado na luta partidária socialista foi levado várias vezes à prisão. O livro retrata também a amizade do autor de Gabriela, cravo e canela e Tereza Batista cansada de guerra, com o livreiro da cidade, João Nascimento, pai de Rui.

 Durante o bate papo, Rui relatou que como muitos intelectuais e artistas surgidos na década de 30, Jorge Amado foi um produto típico daquela época de efervescência política. Fez parte do movimento literário pós-modernista, conhecido como o Romance de 30, no qual foi uma de suas maiores expressões. “Nessa época, impedido de lutar por seus ideais, se distraía em Estância promovendo inúmeros eventos culturais. Criou uma biblioteca, escreveu parte de Capitães de Areia – produzido em 2010 e dirigido pela neta - concluiu Mar Morto. Na bagagem de volta trouxe inesquecíveis personagens que povoaram alguns de seus livros, como Gabriela, Tereza Batista e Tieta do Agreste”. Um dos personagens esclarece o biógrafo era seu pai, João.

 Rui comentou emocionado que apresentou os originais do livro para Paloma Amado, filha de Jorge. “Ela escreveu uma carta a guisa de prefácio e agradeceu de coração pelo “livro de amor” dedicado ao seu pai”, disse. Ele afirma que tudo que escreveu nas 350 páginas do livro é verdade. “Estância teve uma grande influência na obra escrita por Jorge naquele período. Tive o primeiro contato com Jorge aos onze anos e recordo com satisfação a amizade e admiração que tinha pelo meu pai, que era o livreiro de Estância”.

 O autor de “Uma cortina que se abre” ressaltou que Jorge Amado foi o maior autor do século 20. Traduzido em mais de 30 países e que em 2012 o mundo comemora o centenário de nascimento do criador de Gabriela, Tereza Batista, Tieta, Dona Flor, entre tantos outros, que saltaram das páginas dos livros para as telas da televisão e do cinema. Sobre o título, Rui explica que “ninguém sabia sobre este período de dois anos que Jorge viveu em Estância e por meio do meu relato tirei de trás da cortina”, afirmou.

 O presidente do Sistema FIERO, Denis Baú prestigiou o evento e fez questão de agradecer ao escritor pela presença. Baú lembrou que durante 25 anos Rui Nascimento atuou como diretor do SESI Nacional e que prestou relevantes serviços a FIERO. Ele pediu que o autor falasse qual a maior lição deixada por Jorge Amado. “Com certeza a amizade. A fidelidade aos amigos. Na epigrafe do meu livro uso uma frase de Jorge que diz – Acredito na amizade e a exerço”.

 No encerramento, Rui falou de sua satisfação com a acolhida e que Rondônia é o 24º estado onde lança o livro que está em sua 3ª edição.

 Além de Denis Baú, o evento contou com a presença do ex-presidente da FIERO, Júlio Miranda, do vice-presidente Adilson Popinhak, do diretor regional do SENAI/RO, Vivaldo Matos Filho, do superintendente de Assuntos Corporativos da FIERO, Elcimar Fernandes, do superintendente do IEL/RO, Nazareno Gomes Barbosa, do superintendente da FIERO, Gilberto Baptista, que atuou como mestre de cerimônia e mediador,

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