O executivo Ivan Rocha, presidente de honra do PP, foi o entrevistado desta quinta-feira (09), do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9 apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
Pretenso interessado a disputar uma indicação do partido para concorrer à prefeitura da capital, Ivan Rocha, mais conhecido como Ivan da Saga, empresa de revenda de veículos que gerencia em Rondônia, disse que “a cidade é um grande condomínio, mas precisa de um síndico com pulso firme para administrá-la”.
Segundo ele, o seu nome é lembrado como um pretenso ‘prefeiturável’ por ser ele um empresário conhecido, que sempre aparece na mídia e está integrado ao cotidiano da cidade.
“A convite de um grupo de amigos ingressei no PP. Estou em Porto Velho há 4 anos, integrado á cidade, que daqui não saio, daqui ninguém me tira! O amor que sinto pela cidade é grande. As coisas na política vão acontecendo. Eu moro aqui, sou cidadão daqui. O que me incomoda é o que incomoda a toda a sociedade”, declarou.
Para Ivan, por seu perfil como gestor, a sua linha de atuação é para o Executivo. “Na minha vida profissional, sempre gosto de observar e apresentar soluções. Sou um executor, um homem de decisões, esse é meu perfil. Não posso deixar de registrar a minha intenção em disputar uma eleição. Mas, hoje não sou candidato a nada, apenas se comenta. Mas, na hora certa, se tiver a oportunidade, não vou fugir da luta”, assegurou.
Indagado sobre estar somente há quatro anos na cidade e já querer disputar o comando da prefeitura, Rocha foi direto: “sou um executivo da Saga, mas sou um cidadão também. Me integrei ao cotidiano da cidade e conversando com as pessoas, vamos absorvendo informações”.
Ele acrescentou que “se estou aqui há quatro anos e vejo isso, é porque precisa de planejamento, de ação efetiva. Somos a capital, a porta de entrada de Rondônia, a cidade recebe recursos de compensações e investimentos e não anda. A minha indignação é a mesma de quem nasceu aqui ou está há mais tempo que eu”.
Ivan relatou que uma de suas preocupações é com o trânsito. “Além do desconforto, tem as fatalidades. São motociclistas, ciclistas, carros e pedestres envolvidos em acidentes. O trânsito trava a cidade, além de gerar vítimas e prejuízos ao erário”, observou.
Para o presidente de honra do PP, as obras paradas dos viadutos prejudicam os comerciantes daquela área da BR-364 e também os consumidores. “A abertura da BR-364, na entrada da Jatuarana, no meu entendimento, é uma prova de que a prefeitura não vai mais concluir as obras dos viadutos”, ponderou.
Ainda sobre o trânsito, ele disse que já sugeriu que pessoas vestidas com roupas de personagens infantis ficassem nos cruzamentos orientando os motoristas e pedestres. “O brasileiro costuma ser muito solidário, mas somente em catástrofes. Precisamos ser solidários na prevenção também. É preciso educar as crianças para que elas sejam motoristas responsáveis amanhã”, relatou
Ivan da Saga falou sobre as denúncias que ele e o senador Ivo Cassol, que é do mesmo partido, fizeram contra a prefeitura, por supostas irregularidades na aquisição de veículos para o executivo municipal.
“A prefeitura tomou uma decisão de comprar veículos fora de Rondônia, sem gerar tributos aqui, além de prejudicar as empresas do Estado, que geram empregos aqui. Na realidade, a vencedora da ilcitação é um micro empresa, com um capital social de apenas R$ 50 mil. Ou seja, uma empresa de pasta, do interior de Minas Gerais, vendeu mais de R$ 2,6 milhões em veículos para a prefeitura da capital”, denunciou.
Ele criticou a situação da rodoviária, que ele classificou como “vergonhosa, em pleno centro da cidade”. A falta de corredores para escoar o trânsito nos horários de pico também foi criticada. “Sugiro que se faça como em Brasília, onde nos horários de ‘rush’ as vias duplas ficam em sentido único”, disse.
Apesar de residir há pouco tempo na capital, ele disse conhecer a cidade e acrescentou que tem andando muito. “Eu participo de campeonatos de futebol amador e visito todas as regiões da cidade. E vou conhecê-la mais ainda. Quero também contribuir como cidadão e empresário”, completou.
Finalizando, Ivan Rocha declarou que o “grande desafio é mexer em toda a estrutura da cidade. É criar condições de mobilidade na cidade, praças, ruas, avenidas. Não tem ao menos um local para se estacionar de forma segura”.