Muita emoção no desfile da Banda sem o General - Por Yalle Dantas

Após as felicitações do titular da Fundação Iaripura, Altair dos Santos e Chicão da Seccel, Sicília Andrade abriu oficialmente o desfile. “Quero agradecer a todos os foliões que aqui estão, pois é por causa deles que a Banda do vai Quem Quer vai desfilar

Muita emoção no desfile da Banda sem o General - Por Yalle Dantas

Foto: Divulgação

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“Não foi nada fácil colocar a Banda do Vai Quem Quer na rua, mas ela saiu no sábado de carnaval, e arrastou milhares de foliões pelas principais avenidas do Centro de Porto Velho, do jeitinho que meu pai sempre fez. Tenho certeza de que, onde quer que ele esteja, está muito feliz”, disse Sicília Andrade, a herdeira do maior bloco de carnaval de rua da região amazônica, criado há 31 anos pelo empresário do ramo de chaves Manoel Costa Mendonça, o Manelão, que faleceu uma semana antes do desfile da banda, realizada no último sábado (5 de março), aos 61 anos, em decorrência de seis paradas cardíaca.
 
A tradição foi mantida. “Procurei fazer o mesmo percurso que meu pai fazia no dia do desfile”, lembrou Sicília, que pontualmente as 7hs do último sábado, tomou café da manhã, junto com amigos íntimos que sempre acompanhavam o pai, depois seguiu para abrir o Chaveiro Gold, hoje localizado na rua Gonçalves Dias, onde organizou os últimos detalhes para a saída da banda.
 
O Café da Manhã
 
“Meu pai gostava de manter a tradição, Por isso tentei fazer o mesmo. No sábado, dia da banda, acordei de madrugada e não consegui mais dormir. Pedi neste momento muita ajuda de Deus para ser forte. Durantes as horas que antecediam ao desfile procurei manter a firmeza. Muitas vezes, no momento em que estava sentada na cadeira dele, no caixa da loja, pensava que aquilo tudo ali não era verdade, que meu pai não estava ali naquela momento, porque naquele sábado como sempre fazia, saia para dar entrevistas em algumas emissoras de tv, enquanto eu cuidava da loja. Mas quando a consciência voltava, que lembrava que meu pai realmente havia morrido, buscava força para organizar a banda com meu pensamento ligado em Deus e em todos os amigos que ficavam sempre presente na concentração antes da banda sair”, lembrou Sicília.
 
A Concentração
 
Como sempre fazia Manelão, momentos antes da banda desfilar, o Chaveiro Gold era o ponto de concentração. No último sábado não foi diferente. Toda a imprensa esteve presente, além de amigos como o delegado aposentado Carlos Eduardo, deputado federal Moreira Mendes e presidente da Expovel João do Vale.
“Um dos momentos mais difíceis foi tocar o sino às 17hs, que funciona como uma espécie de chamado para todos irem a banda. Mas fiz isso e tenho certeza de que meu pai estava ali comigo”, lembrou a nova presidente da Banda do Vai Quem Quer.
A filha e amigos de Manelão saíram do Chaveiro Gold a pé, todos abraçados, e seguiram para a avenida Carlos Gomes, próximo a praça das Caixas D’Água, onde o jornalista, cantor e um dos fundadores da Banda, Silvio Santos, o “Zé Katraka”, esperava o grupo para o tradicional discurso de abertura.
 
Após as felicitações do titular da Fundação Iaripura, Altair dos Santos e Chicão da Seccel, Sicília Andrade abriu oficialmente o desfile. “Quero agradecer a todos os foliões que aqui estão, pois é por causa deles que a Banda do vai Quem Quer vai desfilar mais uma vez. Esta é a maior homenagem prestada ao meu pai. E para a tristeza de poucos e felicidade de milhões, declaro aberto mais um desfile da Banda do Vai Quem Quer”.
 
O desfile
 
Assim como o pai, Sicilia seguiu com uma trupe de segurança prestando atenção nos mínimos detalhes do desfile como som, trio elétrico, segurança, cordeiros. “É uma banda de paz, com muita emoção. As pessoas vieram homenagear meu pai e brincar o carnaval. Tudo transcorrendo da forma como estávamos querendo”, declarou.
Foram três trios elétricos e um caminhão de apoio e mais aproximadamente três mil foliões dentro do cordão de isolamento e milhares de outros na pipoca.
 
A casa do Manelão
 
Outro momento de muita emoção foi quando a banda parou em frente a casa do General da Banda, na avenida Joaquim Nabuco. Lá, um boneco do tipo dos existentes no Carnaval de Olinda, imitou o general e entrou na residência, como se fosse Manelão que entrara na casa. Um amigo de Manelão conhecido por Lamego, segurava o boneco, mas acabou desmaiando. A esposa do general Ivone e a outra filha Manoela Mendonça, de 15 anos, também de dentro da casa, prestaram homenagem ao maior incentivador do carnaval em Rondônia. Após um minuto de silêncio a banda seguiu o desfile, que encerrou horas depois nas imediações do Prédio do Relógio, na avenida Sete de Setembro.
 
O encerramento
 
A presidente da Banda retornou ao Chaveiro Gold onde junto com amigos festejaram ao som das tradicionais marchinhas o sucesso do desfile da Banda do Vai Quem Quer 2011. “A banda seguiu como meu pai queria. Todos sabem que ele deu a vida por ela. Há três anos, como também é de conhecimento de todos, meu pai já havia passado o comando oficialmente para mim. A Banda do Vai Quem Quer segue agora ao meu comando. Meu pai a criou agora eu vou continuar fazendo o trabalho dele”, finalizou Sicília Andrade, presidente da Banda do Vai Quem Quer.
 
 
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