Há um misto de frustração e indignação entre servidores da Câmara de vereadores de Porto Velho. Isso é facilmente comprovado nas conversas com funcionários ou quando se visita a maioria das repartições daquela Casa. E não é sem razão. Há dois meses, uma Comissão, composta por três servidores, eleitos pelos colegas, vem procurando negociar com o presidente José Hermínio Coelho (PT) o reajuste salarial da categoria, cuja data base é maio, mas, até o momento, nada foi resolvido.
Na primeira tentativa, a Comissão, após analisar documentos contábeis (folhas de pagamento e repasses financeiros) e deliberar com a categoria, propôs um aumento de 10% (dez por cento), mas o presidente Hermínio alegou que estava trabalhando no limite dos 70% (setenta por cento), fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, para despesas com pessoal e que, por isso mesmo, não tinha condições de atender à reivindicação dos funcionários.
Na segunda reunião, a Comissão tentou convencer o presidente a aumentar mais R$ 150 reais no auxílio alimentação, mas a idéia também não prosperou. Há duas semanas, porém, a Comissão vem procurando sentar com o presidente, para negociar a incorporação de gratificações, o pagamento de férias e progressões atrasadas. Em vão.
Na manhã de quinta-feira (01), a Comissão protocolou, no gabinete da presidência, um abaixo-assinado, com mais de 60 assinaturas, pedindo uma reunião com o presidente e todos os membros da mesa diretora. Acreditam que conseguirão sensibilizar os vereadores. Caso contrário, vão fechar 2010 de pires na mão. Seria a primeira vez na história da Câmara, nos últimos seis anos.