ARTIGO - A valorização do médico e da saúde – Por *Roberto Luiz d’Avila

ARTIGO - A valorização do médico e da saúde – Por *Roberto Luiz d’Avila

ARTIGO - A valorização do médico e da saúde – Por *Roberto Luiz d’Avila

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Em 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe uma mudança profunda de paradigma ao estabelecer diretrizes como universalidade de acesso, equidade, integralidade, gratuidade e controle social. Desde então, o país vários avanços assistenciais e epidemiológicos, mas ainda convive com sérios problemas que precisam ser enfrentados sob pena de comprometer a modelo de atenção oferecido à população.
 
São estes princípios que, desde então, tem orientado a formulação das políticas publicas de saúde no país, tornando o SUS referencia internacional. No entanto, há fragilidades históricas que ainda não foram superadas. O sucateamento da rede hospitalar, a dificuldade de fixar o médico em áreas de difícil provimento e o estrangulamento das emergências, que se traduzem nas filas e no desconsolo dos pacientes, são a parte visível deste quadro.
 
Mas como enfrentar de forma articulada estes problemas e garantir que o a utopia do SUS ganhe vida plena? Como provocadores desta reflexão, apontamos ao menos duas saídas. A primeira é a definição de uma fonte de financiamento estável para o SUS. A regulamentação da Emenda Constitucional 29, que há anos se arrasta pelo Congresso Nacional, urge pelo engajamento do Governo e pela união de forças políticas que a levem a sua aprovação definitiva.
 
A segunda saída se relaciona à valorização dos médicos. O Brasil sofre com a falta de políticas públicas efetivas que reconheçam a importância desses profissionais, e de outros vinculados da área da saúde, oferecendo-lhes salário adequado, possibilidades de formação continuada, um plano de crescimento profissional e condições dignas de trabalho.
 
Sem essas garantias mínimas, o médico sempre terá dificuldades de criar raízes, exercer com tranquilidade sua profissão e, assim, contribuir para o desenvolvimento humano de uma comunidade. Com vínculos empregatícios frágeis ou ausentes, sem possibilidade de se aperfeiçoar e convivendo diariamente com a ausência de infra-estrutura para garantir o atendimento, o médico (jovem ou veterano) não vê outro caminho a não ser voltar ao seu ponto de partida. São vítimas da precarização do trabalho.
 
O país precisa urgentemente de soluções que garantam a interiorização da Medicina. Com a criação de uma carreira de Estado para estes profissionais, em modelo semelhante ao adotado pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, seria possível garantir o cuidado a todos os cantos do país. Sobre esse tema, há uma proposta em trâmite no Congresso sob a forma de emenda constitucional, que tem sido discutida de forma favorável dentro do Ministério da Saúde. Enfim, é uma mudança de paradigma que beneficiará toda a população. 
 
 
*É presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS