Lenha na Fogueira – Mercado Central na berlinda – Por Zekatraca

Da Redação

20 de Abril de 2010 às 16:07

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Lenha na Fogueira – Mercado Central na berlinda – Por Zekatraca

Foto: Divulgação

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Put’s Grila, queimei a língua, a ponta do dedo e o cérebro.

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Tudo de uma só vez.

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Saí mais chamuscado que folha de bananeira de peixe moqueado.

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Tudo porque saí da linha editorial desta coluna, na coluna de terça-feira (20).

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Não sei se o amigo leitor se lembra,

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A coluna de terça-feira foi toda de “luas” ao Mercado Central.

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Que tava bonito, que tava isso, que tava aquilo.

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Só não fui perguntar aos concessionários dos Box se realmente estava tudo funcionando como parecia que estava.

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Aí pego o Diário da Amazônia de 20/04, e dou com a manchete:

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Comerciantes reclamam do Mercado.

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“... A beleza do Mercado agradou, mas comerciantes e visitantes reclamaram do mau cheiro e do calor do prédio...”

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“...Os comerciantes apontam que a rede de energia elétrica não está adequada para as necessidades de refrigeração dos alimentos...”

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Estou com a cara no chão, sem moral para responder aos críticos que cheguei até a questionar na coluna de ontem.

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Tenho que reconhecer, que antes de escrever sobre uma obra, seja ela arquitetônica ou plástica, é preciso conversar com as partes interessadas.

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Isso para não passar pelo que estou passando.

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O pessoal da cultura está me ligando, mandando e-mail, postando no twitter, facebook, orkut, sônico e outras ferramentas.

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Querendo saber quanto ganhei da prefeitura para fazer tanto elogio, a uma obra que segundo matéria postada no Diário da Amazônia de ontem, realmente está deixando a desejar.

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Tem “neguim” me chamando de puxa saco, baba ovo e até capacho do prefeito.

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Logo eu que sou “persona no grata”, no Departamento de Comunicação do Palácio Tancredo Neves, onde a diretora prefere ver o satanás pintado de asfalto do que eu lambuzado de ouro.

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Diante da “barrigada”, só me resta dar a mão a palmatória a todos os amigos que estão me sacaneando, por ter me deixado levar pela emoção, de quem viveu a infância e juventude justamente no espaço onde hoje está o Mercado Central.

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Perdoem esse ex vendedor de saco (saqueiro), vendedor de mingau, carregador de água, na Feira Modelo depois Mercado Central.

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Logo eu que não vou a estréia de peça teatral, porque geralmente o cenário ainda não está completo, a sonorização e a iluminação não estão no pontos.

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Me precipitei ao ver a fachada do Mercado Central e caí de elogios à obra.

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Só me resta ficar torcendo, para que o prefeito mande logo ajeitar o que não está funcionando.

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Agora, não sei se vai ser possível colocar uma central de ar condicionado, se assim for, o logradouro deixa de ser Mercado.

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Essa veio de Ariquemes.

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Se esses são os melhores

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Fui conferir a finalíssima do festival de talentos de Ariquemes e fiquei realmente impressionado com o que vi: Foram escolhidos dez (ou onze, não sei ao certo, mas isso também não vem ao caso) intérpretes para a final dentre os vinte que concorreram, mas esses dez escolhidos eram tão ruins, mas tão ruins que eu fiquei pensando: como será que eram os que foram reprovados?

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A coisa deve ser sido feia mesmo! Cheguei até ao absurdo de pensar que os outros concorrentes, os reprovados, nem seres humanos eram, sei lá, talvez cabritos ou abelhas, para perder para os que passaram, deve dar dó de ver!

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E os jurados, não sei de onde tiraram esses jurados, mas acho que devem ter pegado emprestado de algum concurso de horrores, onde o objetivo é escolher justamente os piores dos piores, e foi isso que eu vi acontecer no tal Festival de talentos de Ariquemes, é como diz a velha máxima: nada é tão ruim que não se possa piorar!

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Os gospels, que tanto se garantem herdeiros do trono eterno mais pareciam condenados irreversíveis ao inferno de tão medonhas as suas músicas, aquelas vozes, (até afinadas, devo reconhecer), mas aquele vibrato insuportável parece uma Toyota em ponto morto de tanto que treme, como pode alguém gostar de um efeito que é mais ultrapassado do que usar cabelão?

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E os sertanejos?

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Os sertanejos é que dão o show bizarro mesmo, pois além de tudo ainda conseguem usar chapéu à noite! Cada musiqueta mais horrorosa que a outra! E, como tudo sempre pode piorar, escolheram as mais cavernosas.

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Cada coisa que eu vi que é de desanimar, perto da breguice das músicas que eu ouvi, e que ganharam como melhores, o Amado Batista é música erudita!

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