A arrogância com que se comportam certas autoridades, principalmente municipais, a começar pelo prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), não raro ajunta-se à complexidade dos problemas para torná-los ainda mais graves e duradouros.
Há ocupantes de funções e cargos públicos que se julgam acima da lei e do respeito devido aos cidadãos, que pagam impostos. Assim, acabam eles perdendo de vista as expectativas da sociedade.
Já não se fala de denúncias envolvendo a apropriação de bens que pertencem à sociedade, por parte de muitos deles, porque há fundadas esperanças de que tal conduta passe a registrar-se cada vez menos.
Importa, contudo, destacar quando a renúncia a esse comportamento arrogante concorre para resolver problemas e devolver à sociedade a credibilidade perdida.
Nesse sentido, estão de parabéns a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTERO). O fim da greve de parte dos professores, se não foi medida original (sequer exigente de dose de criatividade inédita), com certeza está cercada de perspicaz senso de oportunidade.
SEDUC e SINTERO não apenas absorveram com humildade (ou seria melhor dizer grandeza?) as necessidades de cada um, como também tiveram a sensibilidade para com a realidade que os cerca. Revelaram-se, destarte, conscientes da complexidade do momento e sintonizados com os clamores da população, que exigia o fim do movimento paredista.
Se até agora faltava uma prova de fogo a titular da SEDUC, Irany Freyre Bento, em sua nova função, essa prova já ocorreu. Espera-se que o exemplo manifestado por ela e pela direção do SINTERO alcance não somente outros setores da administração pública, nos mais diferentes escalões do poder, mas também algumas entidades sindicais.
Resta apenas esperar que, doravante, a secretária permaneça capaz de submeter qualquer tendência à arrogância aos interesses maiores da sociedade.