Agnaldo Muniz, diz que “senadora BBB” é preconceituosa e contrária a valores familiares
Foto: Divulgação
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Senadora BBB
Fátima Cleide usou a tribuna do Senado para falar sobre o programa Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo de Televisão. A senadora de Rondônia saiu em defesa nesta quinta-feira do capítulo do 3° Plano Nacional de Direito Humanos que trata da "garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero" e prevê o apoio a projeto de lei que trate da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Para justificar sua posição, a senadora criticou a vitória do lutador Marcelo Dourado na 10ª edição do programa BBB, a quem chamou de "síntese da homofobia". A petista ainda afirmou que outro participante Dicesar, homossexual assumido, recebeu mais de 11.000 ameaças ao deixar a casa.
O que ela quer
Para a senadora, o Congresso precisa assumir a frente da luta contra a homofobia. "Isso [as ameaças] expressam o ódio que boa parte do país sente em relação aos homossexuais. Não é mais possível conviver com a omissão do Legislativo. Ninguém quer casamento, matrimonio, o que as pessoas esperam e o reconhecimento da parceira civil", disse. Seis comissões do Senado realizaram hoje uma audiência pública com o ministro Paulo Vanucchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos) para tratar do 3° Plano Nacional de Direito Humanos. Um grupo de trabalho foi criado pelo governo para elaborar anteprojetos sobre os temas do plano que serão encaminhados ao Congresso. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Mas...
Apesar das boas intenções de Fátima Cleide em defender essa bandeira, esse posicionamento deve gerar dividendos negativos para ela nessas eleições. É que em Rondônia, cerca de 30 por cento da população é evangélica e contrária a esse tema. O nome de Fátima é citado em todos os fóruns de debate na internet e uma rápida pesquisa no Google demonstra que tem mais gente contrária ao tema, que a favor. Ponto a menos para Fátima. E o mais complicado, o Projeto de Lei Complementar 122/2006 foi incorporado ao famigerado Plano Nacional de Direitos Humanos, que vem sendo combatido desde que foi apresentado.
Em números
Rondônia conta atualmente com 1 milhão 503 mil 928 habitantes, números de 2009. Trinta por cento disso, representa cerca de 450 mil pessoas que são abertamente contrárias ao projeto que permite essa união. A esse número acrescente pelo menos mais uns 250 mil que serão convencidos pelos 450 mil a não votarem pela reeleição de Fátima. Ainda podemos incluir mais uns 50 mil que não gostam dela de graça. E estamos somando apenas os que vão sofrer influência dos grupos evangélicos, sem levar em conta os católicos e outras religiões que não concordam com o tema.
Contraponto
O ex-deputado federal Agnaldo Muniz, que congrega na Igreja Assembléia de Deus, é radicalmente contrário a discussão da união civil por pessoas do mesmo sexo. Agnaldo é pré-candidato ao Senado e disse que a população precisa começar a discutir o resgate da moral e bons costumes familiares. Para ele, essa discussão sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, defendido pelo PT, deveria se estender por mais tempo e ser mais aprofundada, “é uma irresponsabilidade a discussão desse tipo de projeto, que mexe com a vida de toda a Nação, ser feita dessa forma. O PT aproveitou para inserir no PNDH diversas 'armadilhas' que estamos descobrindo aos poucos”, disse Muniz.
E mais
Ele acrescentou ainda que acha desnecessária a união estável entre pessoas do mesmo sexo, “nós temos o Poder Judiciário, que vem atuando de maneira clara no que diz respeito a heranças e divisões de bens de homossexuais. Além do mais, a tal união estável entre pessoas do mesmo sexo é contra o que diz a Bíblia. Posso citar Levítico 18:22 'com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é', disse o pré-candidato ao Senado.
Pela família
Agnaldo Muniz disse estranhar o fato da senadora ter acusado o vencedor do programa Big Brother Brasil, o lutador Marcelo Dourado de homofóbico, “ele não é homofóbico, ele é um heterosexual que tem valores familiares que são adotados pela família brasileira. Prova disso é que ele venceu o programa”. Para Agnaldo, esse comentário da senadora é preconceituoso e “comprova que ela não cultiva valores familiares, e é por causa desse tipo de atitude que a cada dia que passa, mais e mais filhos de boas famílias se perdem para drogas, homossexualismo e criminalidade”, afirmou Muniz.
Diversidade religiosa
Em 1980, o Brasil era um país era maciçamente católico e a maior parte do território apresentava uma ausência total de diversidade religiosa. Observava-se aqui e ali algumas exceções a esta regra. A mais notável dizia respeito a Rondônia onde os evangélicos representavam 17,2% da população, sendo 7,7% de evangélicos de missão e 9,5% de pentecostais, números bem mais elevados do que a média nacional. Atualmente, 27,8 por cento da população rondoniense é evangélica e o estado detém o maior número de protestantes do Brasil. 57,5 por cento se declara católica, 4,5 por cento espírita e o restante é composto por ateus e outras denominações.
Parada gay
Já que o assunto é a homossexualidade, o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais liberou R$ 1,2 milhão para projetos que estimulem o diagnóstico e a prevenção à aids, hepatite e a outras doenças sexualmente transmissíveis durante as paradas gay promovidas em todo o país pela Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT), este ano.
Caso Pimentel
Cinco vereadores, Hermínio Coelho, Jaime Gazola, Dj Moisés, Elis Regina e Cláudio da Padaria, disseram que vão pedir a exoneração de Pimentel, não prejulgando o secretário, mas para evitar “constrangimentos”, já que ele, como ordenador de despesas de uma área tão sensível como a saúde, pode se defender, mas fora do cargo. A declaração dos vereadores foi dada logo após a reunião que discutia a criação da CPI que pretende investigar a situação das invasões em Porto Velho.
Contraproposta
O PT deve sugerir ao PMDB que o senador Valdir Raupp seja o candidado a vice, na chapa de Valverde. Pode até parecer brincadeira, mas não é. A companheirada acredita que essa composição teria tudo para dar certo.
Desaparecido
Com a prisão de Pimentel, passamos a lembrar de algumas coisas, entre elas o destino que levou o barco hospital Floriano Riva, que foi equipado com recursos da FUNASA. A embarcação está desaparecida desde 2008 e a prefeitura não se manifesta sobre o paradeiro da mesma. A Câmara de Vereadores também não. Parece que não tem um vereador sequer preocupado com o patrimônio do município. Mas para fazer demagogia em área de invasão e obstruir o trabalho da justiça, fazem fila.
Sinsepol
A chapa 15, encabeçada por Jales, venceu nesta quinta-feira o segundo turno das eleições do Sindicato dos Servidores da Policia Civil com 934 votos, contra 833 de Renan Maldonado (chapa 17). foi uma diferença de 101 votos, que vinha se mantendo desde o início dessa conturbada eleição que foi anulada, remarcada e agora, finalizada. Com isso resolvido, a categoria pode começar a resolver outras questões.
Como por exemplo
A briga pelas gratificações que foram dadas aos policiais militares pelo ex-governador Ivo Cassol, que não foram dadas aos policiais civis. A notícia, divulgada hoje, deixou a categoria revoltada com a atitude do ex-governador.
Aliás
Cassol já começou a perceber que, sem mandato, as coisas não funcionam como ele pensava. A oposição está de olho em cada passo do ex-governador e algumas atitudes dele, podem gerar processos de inegibilidade. Se ele usar qualquer aparato estatal, poderá ter a candidatura impugnada.
Ditadura
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, marcou para a próxima quarta-feira, 14 de abril, o julgamento da ADPF (ação de descumprimento de preceito fundamental) apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil para saber se a Lei de Anistia também vale para quem praticou tortura. O relator é o ministro Eros Grau. Com essa decisão, o STF arbitrará uma polêmica que se arrastou por quase seis meses dentro do governo Lula. De um lado, o ministro Paulo Vannucchi (Direitos Humanos) defendia que os torturadores não se beneficiem da Lei de Anistia. De outro, Nelson Jobim (Defesa) afirmava que a lei vale para todos. O julgamento será um dos últimos com Gilmar Mendes no comando do Supremo. Na semana seguinte, ele será substituído pelo ministro Cezar Peluso.
Contatos
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Na TV
O programa Painel Político é exibido de segunda a sexta-feira a partir do meio-dia com reprises às 7 horas, pelo Canal 38 – RBRTV.
Nas bancas
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